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Política

Após Soraya votar contra Bolsonaro, Magalhães do Megafone perde cargo na Funai

Foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira (24) a exoneração de José Magalhães Filho – o Magalhães do Megafone – do cargo de Coordenador Regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em Campo Grande. O militar reformado havia sido restituído ao cargo por força de uma liminar no último dia 17, após […]
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Foi publicada no DOU (Diário Oficial da União) desta segunda-feira (24) a exoneração de José Magalhães Filho – o Magalhães do Megafone – do cargo de Coordenador Regional da Funai (Fundação Nacional do Índio) em . O militar reformado havia sido restituído ao cargo por força de uma liminar no último dia 17, após mais de três meses afastado por decisão judicial. A permanência no cargo após seu retorno durou apenas uma semana.

A exoneração é assinada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Tércio Issami Tokano, e não traz explicações ou realocação do militar reformado para outro cargo federal. A justificativa pode morar em retaliações prometidas pelo Palácio do Planalto aos senadores que votaram pela derrubada do veto presidencial ao de funcionários públicos no último dia 19.

Dentre eles está a senadora (PSL), que seria a responsável pela indicação de Magalhães ao cargo. Além da senadora, Izalci Lucas (PSDB-DF), Jorginho Mello (PL-SC) e Daniela Ribeiro (PP-PB), que integram a base aliada do governo, devem sofrer retaliações, tais como engessamento na liberação de emendas e revides contra nomes indicados a cargos federais – como foi o caso de Magalhães.

Outra indicação a cargo federal atribuída à Senadora é de Renato dos Santos Lima, que ocupa o cargo de diretor na Diretoria de Implementação de Programas e de Gestão de Fundos. Há, ainda, uma indicação lotada no Ibama.

Indicação polêmica

A nomeação de Magalhães para o cargo, por indicação de Thronicke, em fevereiro deste ano, causou polêmica na comunidade indígena: o cargo era tradicionalmente ocupado por integrantes da comunidade. Além disso, Magalhães havia afirmado em entrevistas que tinha em seus planos fazer uma suposta integração dos “indiozinhos” com a sociedade, fazendo com que eles namorassem também com “o pretinho, a branquinha”. Ele também tratou as línguas indígenas como elementos “dificultadores”.

O afastamento do militar reformado foi deferido após processo solicitado pelo Conselho Terena, iniciado em fevereiro deste ano. Segundo o texto da decisão judicial que suspendia a nomeação, as diversas afirmações feitas por Magalhães “têm o condão de ofender justamente o grupo que deve ser protegido pela Funai, o que põe em sério risco a representatividade da minoria e garantia dos direitos constitucionais de organização social, costumes, línguas, crenças e tradições indígenas”.

Na última segunda-feira (17), no entanto, fou publicada sua restituição ao cargo, após obtenção de liminar pela AGU (Advocacia-Geral da União) no TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), conforme já havia adiantado o Jornal Midiamax.

Magalhães tem 73, é militar da reserva e foi candidato a pelo PSL nas última eleições, na qual conquistou 1.325 votos. Ao longo de 2018, ele integrou um grupo que costumava se concentrar no cruzamento da Avenida Afonso Pena com a Rua 14 de Julho em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e contra a reeleição de políticos. Ele também ficou conhecido pelo uso do megafone nas manifestações, com a frase “não reeleja, passe a régua”.

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