Com medo do coronavírus, idosos enfrentam fila na chuva para vacinar contra gripe
A campanha de vacinação contra gripe – influenza A – tem sido uma via crucis para os idosos que procuram a dose em Campo Grande. Com o medo do coronavírus (Covid-19), o que antes sobrava agora acaba rapidamente na Capital. E, nesta terça-feira (7) nem a chuva impediu a fila de quem quer se imunizar. […]
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A campanha de vacinação contra gripe – influenza A – tem sido uma via crucis para os idosos que procuram a dose em Campo Grande. Com o medo do coronavírus (Covid-19), o que antes sobrava agora acaba rapidamente na Capital. E, nesta terça-feira (7) nem a chuva impediu a fila de quem quer se imunizar.
Com o recebimento de mais 25,8 mil doses a campanha foi retomada nas unidades de saúde ainda na tarde de segunda-feira (6) e na manhã desta terça-feira (7) as farmácias retomaram a vacinação. O cenário logo cedo, mesmo com o tempinho nublado e o vento gelado, era de filas de idosos, menos intensas que na semana passada, na frente dos pontos de vacinação.
A professora Maria Rodrigues, 62 anos, saiu às 5h10 de casa com o marido para ir até o ponto de vacinação na avenida Afonso Pena com a rua 14 de Julho. O casal mora no bairro Cabreúva e para evitar o contato dentro do transporte coletivo foi a pé até o local.
“Chegamos às 6h aqui. Saímos cedo de casa para sermos os primeiros. É a segunda vez que tento tomar a vacina, nem fui nos postos de saúde porque vi nos jornais que as pessoas não estavam conseguindo”, relatou.
Ela é hipertensa e ressaltou a necessidade da vacina. “Eu tomo por prevenção, é importante. E a gente vê que o pessoal está com medo dessa pandemia. Tem muita procura por vacina. Antes sobrava, agora está faltando. Todo mundo quer evitar os problemas causados pela gripe”, afirmou.
No bairro Tiradentes, o aposentado Eloísio Correia, 64 anos, chegou a gastar aproximadamente R$ 54 em transporte para conseguir enfim se vacinar. Sem poder usar o transporte coletivo.
“Eu tentei me vacinar 5 vezes. Moro no Maria Aparecida Pedrossian e lá não tem nenhum ponto. Fui duas vezes no Centro e essa é a terceira vez aqui no Tiradentes, enfim consegui me vacinar”, disse.
Na farmácia onde estão sendo aplicadas as doses, a movimentação é tranquila, segundo o aposentado. “Cheguei umas 7h50 e às 8h05 já tinha vacinado. Tá bem tranquilo. Eu tenho uma tosse crônica, a vacina diminui ela.”, contou.
Opinião compartilhada com o vigilante aposentado Antônio Mateus, 73 anos, Antônio Mateus 73 anos, vigilante aposentado, que chegou no ponto de vacinação às 7h45 e por volta das 8h já tinha sido imunizado.
“Medo do coronavírus todo mundo tem, mas o importante é se prevenir. O movimento hoje está tranquilo. Eu tentei no posto de Itamaracá e na Vila Carlota antes, mas hoje consegui tomar a vacina aqui”, disse.
A recomendação da Sesau, para evitar aglomerações, é que o usuário ligue antes na unidade mais próxima e verificar se tem doses da vacina. O mesmo vale para as farmácias. Confira aqui os locais de vacinação.
Campanha
Vale lembrar que a campanha, que foi antecipada em função da pandemia do novo coronavírus, teve início no último dia 23 de março. A SES distribuiu as doses aos 79 municípios de MS seguindo um cronograma – o terceiro teve início na segunda-feira (30) e se encerra nesta sexta. A primeira fase da campanha vai até o dia 15 de abril e estão sendo imunizados apenas idosos e profissionais de saúde.
A partir do dia 16 de abril, a segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe incluirá caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários, além de profissionais do sistema prisional, detentos e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos, que estejam detidos e sob medidas socioeducativas.Também estão contemplados profissionais de forças de segurança e salvamento e pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.
Já a terceira etapa, que tem início apenas em 9 de maio, vai atender professores de escolas públicas e privadas, além de gestantes, mães em fase de pós-parto, pessoas com deficiência, adultos de 55 a 59 anos, crianças de seis meses a menores de seis anos e povos indígenas.
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