‘Não é normal’: Arroz e óleo com preços nas alturas acendem alerta em MS
O consumidor sul-mato-grossense que vai ao mercado tem sido pego de surpresa com os preços cobrados em alguns produtos da alimentação básica nos últimos dias, sobretudo o preço do arroz e do óleo de soja. E a alta nos valores acendeu o alerta para os órgãos de fiscalização em defesa do consumidor. Nas redes sociais, […]
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O consumidor sul-mato-grossense que vai ao mercado tem sido pego de surpresa com os preços cobrados em alguns produtos da alimentação básica nos últimos dias, sobretudo o preço do arroz e do óleo de soja. E a alta nos valores acendeu o alerta para os órgãos de fiscalização em defesa do consumidor.
Nas redes sociais, é possível encontrar postagens em que o preço do pacote de arroz passava de R$ 40 e o óleo de soja beirava os R$ 6 em todo o Brasil. Em Campo Grande, o arroz não é encontrado a menos de R$ 14.
Os Procons de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul (Superintendências para Orientação e Defesa do Consumir) informaram que já pediram esclarecimentos à Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados).
“[…] estamos verificando e ao que parece é um valor de indústria mesmo, que está acontecendo no Brasil todo, mas se for o caso, nós notificaremos os mercados também para não ter irregularidades”, disse o subsecretário do Procon de Campo Grande Vinícius Alves Corrêa ao Jornal Midiamax.
Sobre a alta dos preços, o superintendente do Procon estadual, Marcelo Salomão, foi enfático: “Não é normal”. Por isso, o órgão já notificou os atacadistas da Capital. Além disso, irá notificar também os atacarejos para que apresentem as planilhas e notas fiscais de compra junto às distribuidoras.
Caso apresentem algum indício de cobranças de preços abusivos, o supermercado pode ser multado pelo Procon.
Valor de indústria
Em função de pedido a Amas apresentou planilha ao Procon/MS demonstrando a evolução dos preços de produtos agrícolas no mercado interno que, nos últimos 12 meses, chegou a 118,4%, como é o caso do arroz. A mesma planilha mostra que, nesse período, o dólar passou por variação de 36,3%.
Vinícius Alves informou que a Amas adiantou que o aumento vem da indústria e é algo que tem consequências em todo o país, elencando as seguintes motivações: A desvalorização do real frente ao dólar; aquecimento do mercado; a baixa importação; e o uso do auxílio emergencial do governo Federal nas compras.
“A importação está muito pequena, estamos exportando mais que importando. Tem o aquecimento do mercado; as pessoas estão mais em casa e comendo mais […] aí entra a lei do mercado: quanto menos tem, mais alto vai ser o preço”, explicou o subsecretário.
Atuação nacional
O Procon estadual encaminhou oficio conjunto à Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) no sentido de se demonstrar preocupado com o aumento dos preços dos alimentos.
A Senacon garantiu já ter feito articulação interministerial e marcado reunião urgente com objetivo de dialogar com todos os ministérios da Agricultura e Economia e, assim, compreender o que gerou tamanho aumento nos preços dos produtos.
As pastas também se comprometeram a enviar os dados e informações necessários, especialmente os relacionados ao comércio exterior.
Para Filipe Vieira, presidente da ProconsBrasil (Associação Brasileira de Procons), entende que “a questão não é apenas local e sim nacional e os órgãos de proteção e defesa dos consumidores já estão articulados para reverter tal cenário”.
Vieira reitera que é importante que a população cobre, de seus representantes na esfera legislativa, a adoção de medidas pertinentes para conter esses frequentes aumentos dos preços dos alimentos.
Denúncias
Encontrou algum preço acima do normal? O Procon de Campo Grande recebe denúncias pelo aplicativo Fala Campo Grande, disponível no Google Play, e o Procon Estadual pelo número 151 e pelo site.
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