Mulher morre e marido acusa Hospital do Câncer de negar atendimento em Campo Grande
Diagnosticada há cerca de um ano e meio com câncer, Ilza Cristina da Silva Catarino, de 50 anos, morreu por volta das 3h desta terça-feira (14), no Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. A mulher ficou cerca de 7 horas esperando até conseguir ser encaminhada ao Hospital de Câncer Alfredo Abrão. Conforme informou […]
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Diagnosticada há cerca de um ano e meio com câncer, Ilza Cristina da Silva Catarino, de 50 anos, morreu por volta das 3h desta terça-feira (14), no Hospital de Câncer Alfredo Abrão, em Campo Grande. A mulher ficou cerca de 7 horas esperando até conseguir ser encaminhada ao Hospital de Câncer Alfredo Abrão.
Conforme informou o esposo da paciente ao Jornal Midiamax, Cornélio Antônio Catarino, 47 anos, a vítima lutava contra um câncer de mama que já havia se espalhado para pulmão e cérebro e, no início da tarde de segunda-feira (13), sentiu-se mal e desmaiou. “Entramos em contato com o hospital [Alfredo Abrão] e informaram que não tinha ambulância disponível, então, acionei os bombeiros”, relatou Cornélio.
Ainda conforme o relato do marido, os militares levariam a vítima ao Hospital Alfredo Abrão “mas o hospital não aceitou”, afirmou. Assim, a vítima foi transportada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida, por volta das 13h. Uma ambulância só a buscou para, finalmente, leva-la ao hospital especializado às 20h15.
Demora
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que o serviço de transporte de pacientes para hospitais é feito pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Ou seja, as demandas são feitas via regulação, conforme critérios de urgência classificados pela unidade de saúde.
Em nota o órgão afirma que a paciente foi prontamente atendida, medicada e permaneceu em observação. E que devido ao histórico de tratamento, foi solicitada transferência para o Hospital de Câncer, porém, a autorização foi dada pelo hospital somente às 17h42.
Ainda conforme a Sesau, às 17h49 entrou a solicitação para transporte do SAMU. Conforme mensagem enviada pela família da paciente, o transporte foi feito pela ambulância às 20h15. A Sesau informou que todo o atendimento foi encerrado às 21h10.
A Sesau afirma que a liberação da vaga depende somente do hospital, portanto, “o que cumpria à unidade no atendimento à paciente, e ao SAMU, no translado, foi feito prontamente”.
Outro lado
O Hospital de Câncer Alfredo Abrão informou, via assessoria de comunicação, que não houve pedido de vaga por parte dos bombeiros e que a solicitação foi feita pela UPA às 15h e a autorização foi dada às 16h47 – e não às 17h42 como informado pela Sesau.
Ainda conforme o hospital, a partir do momento que a autorização é dada a paciente já pode dar entrada, porém, isso só ocorreu às 20h25. Esse transporte seria responsabilidade da ambulância, que nesse caso era do Samu.
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