Mato Grosso do Sul passa por uma mudança na metodologia para identificar casos de coronavírus. MS é o 13º estado a adotar os novos critérios no país. Além dos exames RT-PCR e testes rápidos, o Estado passa a incluir critérios clínicos, epidemiológicos e radiológicos na base de dados, conforme orientação do Ministério da Saúde. 

De acordo com levantamento feito pelo Jornal Midiamax, o Distrito Federal e mais 12 estados utilizam outros critérios além dos exames laboratoriais para identificar casos de coronavírus: São Paulo, , Paraná, , Goiás, Mato Grosso, Amapá, , Bahia, Maranhão, Minas Gerais e Paraíba.

Na prática, o que mudou com a metodologia recomendada pelo Ministério da Saúde é que os sintomas e exames, como raio-x, podem ser utilizados para confirmar um caso de coronavírus. Antes, o caso só era confirmado com um teste específico, como o RT-PCR e o teste rápido. 

A SES (Secretaria de Estado de Saúde) explica que a metodologia segue determinações do Ministério da Saúde quanto a definição de casos (sintomas), ampliando critérios de confirmações. Com isso, os municípios foram orientados sobre as novas classificações: avaliação médica apresentando sintomas compatíveis (critério clínico); sintomas e histórico de contato próximo com caso confirmado (critério clínico-epidemiológico); ou sintomas e exames de imagem indicativos de Covid-19 (critério clínico-imagem).

Com a mudança, o número de casos confirmados de coronavírus deve aumentar, assim como aconteceu em outros estados que adotaram os novos critérios. Com a mudança, o estado pode somar casos antigos de mortes causadas pelo coronavírus nos boletins epidemiológicos recentes.

Um exemplo é o estado de São Paulo que, com a mudança nos critérios, acrescentou mais mortes. No dia 13 de agosto, o estado registrou 234 novas mortes por coronavírus em 24 horas. Além dessas mortes, foram incluídos mais 221 mortes que ocorreram no decorrer da pandemia e que, por conta de novas diretrizes do Ministério da Saúde, foram incluídos no balanço.

O Ministério da Saúde informa que tem realizado ações para ampliar o diagnóstico da Covid-19, com protocolos para exames clínicos, radiológicos, além da ampliação da capacidade laboratorial. “Com isso, mais pessoas são diagnosticadas rapidamente e atendidas, o que favorece a adoção de medidas de isolamento de casos e o monitoramento de contatos, possibilitando a redução de novas infecções, casos graves e óbitos”, disse por nota.

Com nova metodologia, MS incluiu 5 mil novos casos

Na manhã de quarta-feira (9), a SES (Secretaria de Estado de Saúde) anunciou a mudança de critérios e fez a divulgação de balanço que apontava cerca de 5 mil novos casos de Covid-19 atribuídos à nova metodologia. No entanto, os municípios revisam as contas. Mesmo assim, o número pode ser superior a 1,9 mil, segundo a SES. 

Porém, os dados foram retirados do ar e passam agora por depuração dos municípios porque, conforme a pasta, tratam-se de “falha humana” que divulgou um estudo preliminar técnico em relação aos novos critérios adotados pelo Governo Federal. Os responsáveis pela falha foram advertidos, segundo relatou a pasta.