MS e Campo Grande ficam em 2º no ranking de pior isolamento social do Brasil

Estado e a Capital se mantêm entre as cidades com menor participação da população no combate ao coronavírus, que registra alta de casos.

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Mato Grosso do Sul e Campo Grande voltaram a ficar, no primeiro dia de julho, entre as mais baixas colocações nos rankings nacionais de isolamento social medidos pela consultoria In Loco, terminando a quarta-feira (1º), respectivamente, como o 2º pior Estado e a 2ª capital mais mal avaliada quanto a medida de enfrentamento ao novo coronavírus (Covid-19).

Conforme a In Loco, que apura a movimentação de pessoas a partir de sinais de telefones celulares, a taxa de isolamento social de Mato Grosso do Sul foi de 37,21%, sensivelmente mais baixa aos 37,24% do dia anterior e exatamente a mesma de Goiás. Apenas Tocantins (33,59%) teve um resultado pior.

Com 42,62%, o Acre foi o Estado melhor colocado, sendo que a média nacional foi de 39% de isolamento social. A capital acreana, Rio Branco, também foi a melhor do país no quesito, com distanciamento de 42,81%.

Campo Grande, por sua vez, cravou distanciamento social de 36,41%, melhor apenas que de Palmas (TO), de 33,65%. A capital sul-mato-grossense vem se mantendo entre as três piores do país no distanciamento social nas últimas semanas e, não por acaso, presenciou nos últimos dias evolução nos casos diários de coronavírus –ocupando por seis vezes a primeira posição entre as cidades do Estado no total de novas infecções.

Nesta quarta-feira, a Vila Nasser, no oeste de Campo Grande, teve o pior índice de isolamento social: 16,7%. Moreninhas (21,9%), Indubrasil (22,6%), Nova Campo Grande (23,3%) e Jardim das Cerejeiras (24,1%) completam a lista dos cinco piores percentuais.

Chácara Cachoeira e Sol Nascente (60%), Autonomista (55,6%), Rita Vieira (49,5%) e Jardim dos Estados (47,7%), por seu turno, tiveram os melhores números da Capital. Nesta quinta-feira (2), a cidade totalizou mais 121 casos de Covid-19, chegando a 2.612, com 13 óbitos.

As autoridades de Saúde recomendam que os índices de isolamento social se mantenham acima de 60% para que a técnica tenha efetividade no enfrentamento ao novo coronavírus –ao não sair de casa, a pessoa não fica exposta à Covid-19 ou se torna incapaz de transmiti-la a mais pessoas.

Índice no início de julho repete o patamar de junho, que registrou explosão no total de casos de coronavírus

Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), o índice de Mato Grosso do Sul está no mesmo patamar de junho, quando houve seis vezes mais casos confirmados que em comparação com maio –o Estado saiu de um patamar de 1,5 mil casos para 7,6 mil, o que vem sendo atribuído ao baixo isolamento social, gerando temores quanto a uma sobrecarga no sistema de Saúde em julho.

Nesta quinta-feira (2), boletim da pasta apontou 386 novos casos, elevando a 9.062 o total de infectados no Estado, com 91 óbitos.

“Se conseguirmos melhorar os índices de isolamento social, nós vamos conseguir achatar a curva de crescimento da Covid e evitar o colapso da Saúde pública, principalmente no tocante a existência de leitos clínicos e de UTI para atender a população”, alertou, via assessoria, o secretário de saúde, Geraldo Resende.

Entre os municípios do Estado, apenas Juti atingiu a marca de 61,7% de isolamento social. Laguna Carapã (51,9%), Nioaque (49,7%), Santa Rita do Pardo (49,3%) e Porto Murtinho (48,6%) completam a relação das cinco melhores cidades no recolhimento domiciliar.

Já a pior marca veio de Anaurilândia (21,7%), seguida de Bodoquena (27,4%), Alcinópolis (28,9%), Rio Verde de Mato Grosso (30,6%) e Anastácio (31,8%). A marca de Campo Grande foi a 24ª pior entre as cidades do Estado; enquanto Dourados, que viu 40,2% da população aderir ao isolamento social, teve a 30ª melhor marca. A cidade soma 2.811 casos.

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