Mato Grosso do Sul encerrou o mês de junho registrando o terceiro pior isolamento social do Brasil entre os Estados, com sendo a vice-campeã entre as capitais, conforme dados divulgados pela consultoria In Loco e mensurados a partir do acompanhamento do sinal de telefones celulares.

Na terça-feira (30), o percentual de sul-mato-grossenses que ficaram em casa, dentro dos esforços para enfrentamento ao novo coronavírus () foi de 37,2%, melhor apenas que os índices de Tocantins (33,88%) e Goiás (37,1%).

, por sua vez, teve o segundo pior isolamento social do país, com taxa de 36,47%. O número foi melhor apenas que Palmas (TO), que marcou 34,58%. A capital sul-mato-grossense já teve 2.491 casos positivos e 9 mortes.

Curiosamente, a primeira posição coube a dois Estados que tinham registrando índices de médio a ruim. O e Porto Alegre, capital gaúcha, tiveram os melhores índices do país, respectivamente com 45,87% e 49,49%. A segunda posição também coube a um mesmo território: Santa Catarina cravou isolamento de 43,2% e Florianópolis, sua capital, de 47,66%.

Os dois Estados foram os mais atingidos pelo “ciclone bomba” que atingiu o Sul do Brasil nesta terça-feira, causando mortes e destruição. Assim, a taxa de isolamento pode ter relação direta com o mau tempo.

O isolamento social é defendido por autoridades de Saúde como a estratégia mais eficaz para combater o , uma vez que não há medicamento definido ou vacina contra a doença. Ao ficar em casa, a pessoa evita tanto se expor ao micro-organismo como o transmitir.

Nesta quarta-feira, foi divulgado que o Estado teve o maior avanço de casos em 24 horas (com 711 casos positivos), atingindo 8.676 infectados pela Covid-19 e totalizando 86 óbitos.

Com tamanho e total de casos semelhantes, cidades ocupam ‘pontas’ do ranking de isolamento social

Entre as cidades sul-mato-grossenses, o melhor isolamento social veio de Caracol, com adesão de 62,2% da população ao isolamento. A cidade de cerca de 5 mil habitantes teve 15 casos de coronavírus confirmados até aqui, com taxa de incidência de 245,3 casos por 100 mil habitantes (a 20ª maior do Estado).

Juti (58,7%), Figueirão (55,3%), Santa Rita do Pardo (51,7%), Eldorado (51%), Douradina (50%), Aral Moreira (48,9%), Dois Irmãos do Buriti (48%), Alcinópolis (47,7%) e Tacuru (46,2%) completam a lista das 10 melhores taxas do Estado.

No outro extremo, Novo Horizonte do Sul, com apenas 23,1% de isolamento social, teve o pior indicador do Estado. O município também tem aproximadamente 4 mil habitantes e registrou 14 casos positivos de coronavírus. A incidência na cidade é de 367,1 infectados por 100 mil habitantes, a 12ª maior do Estado.

(29,6%), Anaurilândia (32%), Vicentina (33,3%), Deodápolis (33,5%), (33,7%), e Aparecida do Taboado (33,8%), Camapuã (33,9%) e Jardim (34,1%) fecham as 10 cidades de pior isolamento do Estado.

O percentual de Campo Grande foi o 18º pior do Estado; ao passo que Dourados, que lidera em volume de infectados (eram 2.670 até o fechamento do boletim divulgado nesta quarta), teve isolamento social de 40,6%, a 27ª melhor marca do Estado.