Mesmo com máscaras, atrasos e aglomeração em terminais ainda assustam usuários de ônibus em Campo Grande
Filas sem distanciamento social, ônibus que atrasam sistematicamente por até 2h e ausência de álcool em gel. Esta é uma descrição possível dos terminais de ônibus de Campo Grande, a partir de relatos coletados pelo Jornal Midiamax nesta segunda-feira (4), o primeiro dia em que o uso de máscaras de proteção no transporte público tornou-se […]
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Filas sem distanciamento social, ônibus que atrasam sistematicamente por até 2h e ausência de álcool em gel. Esta é uma descrição possível dos terminais de ônibus de Campo Grande, a partir de relatos coletados pelo Jornal Midiamax nesta segunda-feira (4), o primeiro dia em que o uso de máscaras de proteção no transporte público tornou-se obrigatório.
A começar pelos atrasos, reportados com frequência, a principal queixa dos usuários é o transtorno de ter que sair muito mais cedo de casa para não correr o risco de chegar atrasado no trabalho. Para alguns, a jornada de deslocamento supera três horas, somando ida e volta, o que reflete no esgotamento físico e emocional de quem necessita de ônibus para ir e vir.
“A restrição assim é ruim porque demora muito. Eu venho todo dia do Caiobá até o Jardim Centenário. Antes das restrições demorava 1h. Agora, são 2h para me deslocar”, conta o pintor Adriano de Melo, de 32 anos, que aguardava a condução num dos terminais da cidade.
“Temos que sair muito mais cedo e o ônibus nunca passa na hora. E além disso, percebo que não tem muita organização para garantir o distanciamento social”, conta a atendente Eveline Dias, de 37 anos.
A falta de álcool em gel, que deveria ser garantido conforme os decretos municipais, também é um dos incômodos relatados. O vendedor Rodrigo Pereira, de 35 anos, relata que se sente exposto pela demora na chegada das linhas e que enquanto isso a higienização de mãos seria uma proteção a mais.
“Estou parado há 40 minutos está faltando ônibus circulando, enquanto tem veículo estacionado. No mínimo devia ter álcool em gel nos ônibus, mas não tem. Eu devia entrar 8h30, mas ainda estou aqui, esperando o ônibus no terminal.
A atendente Sara Freitas, de 25 anos, também reforça que a demora dos veículos aumenta a apreensão da contaminação. “O transporte coletivo nunca foi bom, a diferença agora é que não pode mais encher, e então demora ainda mais”, conclui.
Máscaras obrigatórias
Em decreto publicado na semana passada, a Prefeitura de Campo Grande tornou obrigatório o uso de máscaras para quem usa o transporte público. no mesmo documento oficial, a permanência de usuários em pé nos ônibus foi autorizada, mas com limitações – são no máximo 3 nos micro-ônibus, 5 nos médios ou 7 nos longos. Nas linhas executivas, passageiros só podem ser transportados sentados.
Nesta segunda-feira, o Jornal Midiamax acompanhou as primeiras horas do transporte público e obteve relatos de alívio com a determinação da obrigatoriedade: para a maioria dos usuários, o acessório de proteção traz segurança para quem precisa se locomover de ônibus pela cidade.
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