Ver essa foto no Instagram

 

Os jornalistas do Midiamax se juntaram pra mostrar o dia a dia durante essa pandemia, estando em regime de home office ou presencial.

Uma publicação compartilhada por Jornal Midiamax (@midiamax) em

No dia 18 de março deste ano, ficou decidido na redação ao final do expediente que a maior parte dos jornalistas trabalharia de casa pelos próximos 15 dias por causa da chegada do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. O que nenhum deles sabia, ainda, é que completariam cinco meses no home office.

O Jornal Midiamax decidiu manter o menor expediente possível no trabalho presencial, evitando expor os trabalhadores ao novo vírus e também seguindo as recomendações da OMS (Organização Mundial de Saúde) para evitar grande movimentação de pessoas, prezando pelo neste momento.

Assim, mantém há cinco meses apenas uma equipe no período da manhã e outra no da tarde, composta pelo jornalista, repórter fotográfico e motorista. Profissionais da edição de texto e imagem e apresentadores dos programas online também comparecem à redação.

No entanto, a maior parte trabalha de casa. Aqui, tentamos explicar um pouco do como isso é feito…

Aula e trabalho

Alguns dos jornalistas precisam trabalhar e, ao mesmo tempo, cuidar dos filhos com a suspensão das aulas presenciais. E é aí que mora o desespero na hora de apurar a pauta. Situações como crianças chorando ao fundo enquanto ligamos para políticos, latindo, professores pedindo apoio dos pais na aula ao mesmo tempo que estes estão trabalhando não são nada incomuns.

Isolamento ‘pesado'

Há cinco meses sem ver os colegas, a comunicação acaba ficando mais difícil também. Não é raro a gente ‘se estranhar' escrevendo recados. Falta o tom carinhoso ou irônico da comunicação presencial, que só pode (tentar ser) consertada pelas ligações e reuniões online constantes.

Na equipe, temos diversas pessoas do , como grávidas, asmáticos, pessoas que moram com idosos. Além dos que também moram sozinhos e (como TODOS) não aguentam mais tanta distância dos amigos.

Redação vazia

Aos que comparecem ao Jornal, fica a saudade da redação sempre cheia, barulhenta e com salgadinhos que é o comum do Midiamax em ‘dias normais'.  O “novo normal”, expressão que a gente já enjoou de ouvir antes mesmo de precisar usá-la, é vivida na prática pelos poucos profissionais que têm vindo na redação.

Além de ter de conviver com as cadeiras vazias, o silêncio da redação é o que mais nos marca. Mesmo com aparente calmaria, o agito persiste, são horas de conversas virtuais para troca de ideias sobre as pautas e direcionamento das equipes que saem para cobertura na rua apenas para o necessário. Para quem está na redação, a expectativa é que um retorno seguro de todos aconteça o mais breve possível.