Apesar de ter melhoras no índice de isolamento social, Campo Grande gerou mais aglomerações nos dois finais de semana de lockdown. De acordo com a Prefeitura de Campo Grande, no final de semana em que serviços não essenciais estavam parados, 1.529 denúncias foram realizadas.

Todas elas de situações de descumprimento dos decretos municipais, sejam elas por causarem aglomerações ou não respeitarem o toque de recolher. Sobre a medida, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) comentou que a conclusão dos dados de 18, 19, 25 e 26 de julho mostram que o lockdown não funcionou em Campo Grande.

“Infelizmente não obtivemos os resultados que a gente desejava, não porque o isolamento não tem resultados, mas porque tivemos um índice assustador de aglomerações e festas particulares em casa”. Assim, na transmissão ao vivo nesta terça-feira (28), o prefeito citou dados comparativos dos dois finais de semana sem lockdown e os em que a medida foi adotada.

Mais denúncias

Nos dois primeiros finais de semana de julho, sem as medidas restritivas, a Prefeitura Municipal recebeu 1.313 denúncias de estabelecimentos descumprindo o toque de recolher. Já no final de semana em que o lockdown estava decretado, o número subiu para 1.529.

De acordo com o prefeito, houve 16,4% de aumento das denúncias. Os estabelecimentos fechados também aumentaram, foram 271 com ordem para encerrar o expediente irregular, 17,8% a mais do que em um final de semana sem as medidas.

“Não adianta fazer lockdown, porque não adianta. Esse negócio de lockdown agora não adianta mais”, destacou. Nesta terça-feira (28), o prefeito afirmou que a gestão estuda a possibilidade de restringir a venda de bebidas alcoólicas.

A ideia, ainda em análise, é que conveniências vendam somente bebidas alcoólicas em estado natural, ou seja, sem estarem geladas. Assim, a Prefeitura de Campo Grande deve publicar um novo decreto na sexta-feira (31), que pode proibir a venda de bebidas alcoólicas na Capital.