Até dezembro, Mato Grosso do Sul passa pelo período com maior número de raios, com aumento médio de até 30% das descargas elétricas em relação às outras épocas do ano. Apesar de ser um causador de incêndios, a situação não preocupa órgãos que atuam no combate às chamas.
Segundo o analista ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente), Alexandre Pereira, há risco de que os raios iniciem novos incêndios no Pantanal. “Contudo, os volumes de chuva previstos são grandes e a possibilidade de se iniciar um novo fogo e ele logo ser apagado pelas chuvas é grande”, explicou.
Além disso, Pereira informa que, “caso surja um novo incêndio, ele não tem muito para onde caminhar”, esclareceu.
A primavera é a estação do ano que mais registra ocorrências de raios em MS, segundo dados do Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
De acordo com o grupo, espera-se aumento de 10% a 30% no número de raios na temporada que começa na primavera e vai até o fim do verão.
Focos
Conforme o Inpe, a região do Pantanal registrava 23 focos de incêndio no domingo. Mas nenhum grande incêndio.
O analista ambiental do Ibama informou que o último grande foco que estava sendo combatido em MS, na Terra Indígena Guató, já está controlado. “Fogo ativo agora somente no Parque Nacional do Pantanal do lado do MT”, pontuou.
A suspeita é de que um incêndio que consumia a vegetação na Serra do Amolar semana passada tenha sido iniciada por um raio. O foco no local também já está controlado.