Acampados há 3 dias na região do Nabileque, em Corumbá, a 417 quilômetros de Campo Grande, força-tarefa combate incêndio de quase 20 km. Previsão de chuva para este fim de semana gera alívio e preocupação com incidência de raios, que podem causar mais incêndios.

Incidência de raios também preocupa equipes que combatem incêndio no Pantanal
Equipes acampam e trabalham em combate as chamas dia e noite. (Foto: Prevfogo/Ibama)

Conforme o analista ambiental do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), Alexandre Pereira, as equipes se dividem para tentar amenizar os focos. Até mesmo ao anoitecer, as equipes continuam trabalhando.

“Estamos dando prioridade na região sul de Corumbá, em Nabileque. A equipe está acompanhando para combater a linha de fogo, que já está sendo controlada. Outra prioridade é a região indígena Kaduel. Os brigadistas indígenas também estão auxiliando”, disse.

Com a vegetação seca e a umidade do ar baixa, a preocupação com a tempestade prevista pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), é que os raios causem mais incêndios, pois qualquer fagulha causa risco de mais focos de queimada.
“Essas chuvas são bastante animadoras, e com certeza vão contribuir para a redução dos incêndios, mas as descargas elétricas oferecem um risco. Estamos monitorando e vamos continuar trabalhando.”

O Pantanal já soma 1,5 milhão de hectares devastados pelo fogo, desde janeiro deste ano. Só em Corumbá, são 900 mil hectares, o que equivale a 8 vezes a mais o tamanho da cidade de São Paulo.