‘Guia de sobrevivência’: confira dicas de como se manter livre do coronavírus

Com a quantidade de casos de coronavírus voltando a crescer em Mato Grosso do Sul, as medidas de biossegurança estão, mais do que nunca, imprescindíveis na hora de sair de casa. Como o uso das máscaras, que é recomendado frequentemente pelos órgãos de autoridade sanitário e de Saúde. O Jornal Midiamax preparou um guia para…

Arquivo – 02/12/2020 – 12:44

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Com a quantidade de casos de coronavírus voltando a crescer em Mato Grosso do Sul, as medidas de biossegurança estão, mais do que nunca, imprescindíveis na hora de sair de casa. Como o uso das máscaras, que é recomendado frequentemente pelos órgãos de autoridade sanitário e de Saúde. O Jornal Midiamax preparou um guia para você se proteger e se manter livre da infecção do vírus.

As máscaras funcionam como barreiras na propagação da doença e devem ser usadas até mesmo por pessoas saudáveis e sem sintomas gripais. Conforme o enfermeiro, Everton Lemos, doutor em infectologia, a máscara caseira, para ser eficiente como uma barreira física, é necessário seguir algumas especificações  simples. É preciso que a máscara tenha pelo menos duas camadas de pano, ou seja dupla face.

“A recomendação para a população é que usem [máscaras] de tecido de algodão em dupla camada. Esses tecidos têm que ter as linhas bem fechadas, porque reduz a possibilidade de entrada do vírus nas vias respiratórias. Pode colocar qualquer tecido, desde que seja em dupla camada”, disse ao Midiamax.

Independente do tecido da máscara, o doutor em infectologia explica que é necessário sempre ter uma barreira física para a proteção, diferente de uns modelos que estavam na moda há uns dias atrás. “A máscara de crochê que estava na moda, não protege, ao não ser que tenha um tecido por baixo”, disse.

Além disso é importante dizer que a máscara de pano é individual, por tanto, não pode ser dividida com ninguém. As máscaras caseiras podem ser feitas em tecido de algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos, desde que desenhadas e higienizadas corretamente.

O importante é que a máscara seja feita nas medidas corretas cobrindo totalmente a boca e o nariz e que estejam bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais.

Quanto a higienização, Everton Lemos recomenda que as máscaras sejam lavadas separadas das demais roupas. “Pode usar água ou sabão. O sabão ser o mais neutro possível. Se colocar o cheiro, você pode ter uma irritação posterior. Os tecidos que não são coloridos, pode usar o hipoclorito de sódio para higienizar melhor”, orientou.

A ciência por trás dos rostos cobertos

Uma reportagem da BBC relembra que no início da pandemia a orientação das autoridades era para que a população geral, sem sintomas sugestivos de covid-19, não botasse máscaras.

O medo era que faltassem equipamentos de proteção para profissionais de saúde e pacientes, que são os grupos que mais precisam deles. Além disso, suspeitava-se que ficar com o tecido na face causaria incômodo nas pessoas, que iriam levar mais as mãos ao rosto para coçar ou arrumar a posição da peça. A crença era que isso aumentaria os riscos de infecção.

“E, como tudo era muito novo, não sabíamos se o tecido comum protegeria de verdade”, relembra a infectologista Melissa Medeiros, que faz parte do corpo clínico do Hospital São José de Doenças Infecciosas e do Hospital São Camilo, ambos em Fortaleza.

Com o passar do tempo e o avançar da ciência, esses temores se mostraram exagerados. Por outro lado, começaram a surgir evidências de que o uso das máscaras, mesmo aquelas mais simples, feitas de pano, teria um papel importante a cumprir. Foi justamente aí que OMS, CDC e outras organizações perceberam a mudança e atualizaram suas diretrizes.

Mas não existem trabalhos com o mais elevado grau de evidência que comprovem definitivamente a efetividade dessa estratégia. Testes rigorosos, como aqueles que são feitos com as vacinas atualmente, são praticamente impossíveis de serem realizados com as máscaras.

Afinal, seria impraticável (e até antiético) pedir que milhares de pessoas fiquem semanas sem usá-las, se expondo ao risco de contrair um vírus mortal, só para comprovar uma hipótese de uma pesquisa.

O que temos, então, são estudos observacionais e epidemiológicos. Eles não refletem o nível máximo da evidência científica, mas é o melhor que se pode fazer na realidade atual. Portanto, são considerados suficientes para seguir com as recomendações.

Para evitarmos novas transmissões, a conscientização e cuidados pessoais são fundamentais para a proteção de toda a sociedade. Entre os motivos pelos quais o vírus circula com mais facilidade estão a proliferação da doença em locais de grande circulação de pessoas em feriados, fins de semana, festas, mudanças climáticas, umidade favorável, ambientes pouco ventilados e ainda o despreparo imunológico da população. Ou seja, a combinação perfeita para a disseminação da Covid-19.

Diante deste cenário, as estratégias de prevenção são fundamentais para evitar o coronavírus. Evitar qualquer tipo de aglomeração de pessoas, bem como manter o distanciamento social são medidas essenciais no bloqueio da transmissão do vírus. Além disso, o uso universal de máscara previne que as pessoas infectadas transmitam a doença aos demais e a higienização das mãos (lavagem de mãos e, quando não for possível lavá-las, utilizar álcool gel) frequente evita que as mãos atuem como vetores na transmissão do vírus.

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