Enfermeiros da Santa Casa de  decidiram paralisar as atividades até receberem o pagamento do 13º salário. Cerca de 200 profissionais protestam em frente ao na manhã desta terça-feira (22), mas os sindicatos dos trabalhadores garantiram que cerca de 40% dos funcionários continuam trabalhando para manter os serviços essenciais.

O presidente do (Sindicato dos Enfermeiros de Mato Grosso do Sul), Lázaro Santana, disse que todos os profissionais da Santa Casa estão sem receber. “Esse é o motivo da concentração aqui hoje, mas tiveram uma série de fatores”, explicou.

Conforme o sindicalista, além de não terem recebido sequer a primeira parcela do 13º – que deveria ter sido paga até 30 de novembro, os enfermeiros estão trabalhando em excesso e não estão recebendo horas extras, além de não terem recebido os valores de férias.

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Profissionais protestam na manhã desta terça-feira pelo pagamento do 13º. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Para presidente do Sintems (Sindicato dos Técnicos em Radiologia de MS), Fabrício Costa, o problema é que os trabalhadores querem “pelo menos uma data”. Também estavam presentes no ato representantes do Sindisaúde (Sindicato dos Trabalhadores de Saúde) e do Satems (Sindicato dos Assistentes Sociais).

Enquanto o grupo estava reunido, o diretor-presidente da Santa Casa, Heitor Freire, chegou ao hospital e ouviu gritos de . Ele explicou aos manifestantes que o dinheiro para o pagamento já está na conta do hospital, mas ainda não foi realizado por questões burocráticas.

“O documento que libera o repasse emergencial para a Santa Casa está na procuradoria da prefeitura. Só podemos fazer o pagamento quando o texto for publicado em Diário Oficial”, informou o diretor.

Posicionamento

A Santa Casa informou que o dinheiro deve cair na conta dos funcionários até esta quarta-feira (23).

Em nota, o hospital reforçou que o pagamento está condicionado à liberação de repasse da prefeitura de verba transferida pelo governo estadual de R$ 11 milhões. “Esse repasse deve acontecer até amanhã no final do dia, a depender apenas das questões burocráticas da Prefeitura de Campo Grande”, informou.

A Prefeitura de Campo Grande confirmou que o repasse está na Procuradoria-Geral e que aguarda liberação do órgão para posterior publicação em Diário Oficial. “Contudo salientamos que este deve ser transferido ao hospital nos próximos dias”, completou.

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Protesto reuniu cerca de 200 profissionais. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

*Atualizada às 10h55 para acréscimo de informações