O (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) acolheu recurso do MPF (Ministério Público Federal) e condenou o cineasta mato-grossense radicado em , Reynaldo Paes de Barros, ao pagamento de R$ 100 mil, por danos morais coletivos, em razão de discurso de ódio contido na prodição “Matem… Os outros”. A sentença foi publicada no último dia 13.

Diretor de filme rodado em MS com discurso de ódio contra indígenas vai pagar R$ 100 mil em indenização
durante a pré-estreia do , no Marco (Museu de Arte Contemporânea de MS) | Foto: Coletivo Terra Vermelha | Reprodução

Polêmico, a exibição do filme foi alvo de protestos durante sua pré-estreia, em agosto de 2014, devido a existência de discurso de ódio contra a comunidade indígena Guarani-Kaiowá. O filme conta a história de dois fazendeiros, interpretados pelos atores Victor Wagner e Espedito di Monte Branco, e traz diálogos entre os personagens que reforçam estereótipos preconceituosos sobre indígenas.

Parte do filme se passa em Sidrolândia, onde o veículo dos fazendeiros enguiça e eles pegam carona com viajantes até cidade – que foi palco de uma sangrenta disputa entre policiais, jagunços e indígena na retomada que vitimou o indígena terena Oziel, durante a ação de reintegração de posse da fazenda Buriti.

Segundo a sentença, a multa deverá ser destinada ao Fundo de Reparação de Interesses Difusos Lesados e também há determinação de que os valores de ingressos eventualmente vendidos para apresentações do filme sejam revertidos para o mesmo fundo.

O filme foi rodado com R$ 40 mil obtidos por meio do edital FIC (Fundo de Investimentos Culturais), do Governo do Estado de MS.