O auxílio emergencial é uma ajuda de R$ 600 (ou R$ 1.200 para mulheres chefes de família) para ajudar as pessoas a enfrentar a crise provocada pela do coronavírus, causador da Covid-19. O dinheiro também é bem-vindo para os comerciantes de vários segmentos que vão de oficina de carros a loja de roupas, que aproveitam o momento difícil para conquistar clientes.

A reportagem do Jornal Midiamax percorreu as ruas do e constatou que a maioria dos estabelecimentos aceita receber via auxílio emergencial.

É o caso da oficina Pompeo, na Rua Zulmira Borba, que além de borracharia, realiza serviços de alinhamento e balanceamento. O proprietário, Manoel Ramon, acredita que o auxílio tem facilitado a vida de muitas pessoas. “É uma venda muito fácil, pois as pessoas buscam saber os lugares que aceitam, com propaganda e pelo boca a boca”, disse, apesar de realizar cerca de 5 vendas com auxílio por mês.

auxílio emergencial
Manoel Ramon acredita que aceitar o auxílio ajuda na propaganda da oficina. (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

‘Pressão' dos clientes

Outros comerciantes relatam que passaram a receber pagamento com o cartão virtual do auxílio porque os próprios clientes começaram a cobrar. Foi assim que Luciene Brito, proprietária da Modas, na Rua Jerônymo de Albuquerque aderiu. “É uma região que o pessoal usa bastante auxílio”, disse a empresária, informando que realiza cerca de 15 vendas por semana com o auxílio.

De oficina de carros a loja de roupas: auxílio emergencial movimenta comércio em Campo Grande
Luciene Brito passou a aceitar receber via auxílio após ‘pressão' dos clientes. (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Situação semelhante ocorreu com Harisson Felipe, dono da casa de carne Excelência, que se sentiu ‘pressionado' a aceitar essa forma de pagamento. “Foi uma forma que encontrei de me manter competitivo, as pessoas falavam que outros passavam auxilio, então decidi aceitar”, relatou.

Já na Brinquelar, loja de utilidades e variedades, as vendas com auxílio estão bombando. Um funcionário informou que a procura é muito grande e que todos os dias são realizadas diversas vendas. Um desses clientes é o autônomo Gilberto Gomes, 33 anos, que realizava compra no comércio quando a reportagem estava por lá.

Ele disse que está desempregado e que o auxílio foi o que garantiu o sustento de sua família, composta pela esposa e um casal de filhos. “Foi um dinheiro bem-vindo, na hora que mais precisava”, declarou. Na loja, o autônomo que trabalha com arte em couro explicou que estava utilizando parte dos R$ 600 para comprar material de trabalho, pois havia acabado de fechar um serviço.

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Comércios aceitam auxílio para aumentar vendas. (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Como fazer compras com o auxílio

O dinheiro é depositado pela Caixa Econômica Federal no aplicativo ‘Caixa Tem'. Num primeiro momento, o beneficiário não pode fazer saques nem transferência. Compras podem ser feitas através do cartão de débito virtual disponibilizado no aplicativo (clique AQUI e veja como)

Nenhum dos estabelecimentos visitados pela reportagem cobra taxa adicional para receber via auxílio emergencial.