Neste ano de pandemia de , a maior parte das autuações e interdições da Vigilância Sanitária, em , não foi motivada por alimentos estragados ou estabelecimentos que descumpriam regras de higiene, mas por infringir regras de decretos de biossegurança contra a transmissão de Covid-19. Ao todo, cerca de 66 comércios foram interditados nos últimos 7 meses.

Conforme o balanço da prefeitura, desde 1° de maio a 8 de dezembro, os agentes sanitários municipais realizaram 5.162 denúncias e 2.872 fiscalizações espontâneas em estabelecimentos de vários segmentos. Destes locais, cerca de 156 sofreram autos de infração e 66 interditados por descumprir os decretos vigentes.

As irregularidades mais comuns encontradas vão desde o horário de funcionamento não permitido, como o toque de recolher; volume de pessoas acima da capacidade permitida, gerando ; e quebra dos protocolos de biossegurança de modo geral, como falta de distanciamento entre clientes, não disponibilização de álcool em gel e uso de máscara.

Falta de higiene

As interdições por motivos comuns, aqueles frequentes antes da pandemia, continuam ocorrendo. Na semana passada, a Vigilância Sanitária interditou uma lanchonete localizada na , Centro da Capital, por falta de higiene e cuidados com os alimentos. Segundo uma ex-funcionária que publicou relato no grupo ‘Aonde Não Ir em Campo Grande', produtos e a louça do local chegavam a ser lavados no chão do banheiro por falta de pias.

Nas imagens divulgadas, é possível notar insetos como grilos e baratas junto às verduras; o óleo onde os pasteis eram fritos estava escuro, sem condições ideais de consumo. Ainda de acordo com a denúncia, massas dos salgados eram reutilizadas, e muitas vezes, estragadas

A multa por descumprimentos de regras de biossegurança e alimentares varia de R$ 100 a R$ 15 mil e os proprietários tem cerca de 15 dias para normalizar a situação no estabelecimento para retorno das atividades e somente após nova fiscalização dos agentes.