Em meio a pandemia de coronavírus, o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, confirmou, nesta segunda-feira (16), falta de insumos como máscaras e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, que no momento é referência para tratar o novo coronavírus (Covid-19), e em todos os hospitais do Estado.

O Jornal Midiamax recebeu a reclamação de leitores. “Hospital Regional não tem máscara para funcionários. É essa importância que o Governo dá para essa pandemia? Três suspeitos estão em locais diferentes do hospital”, disse um leitor.

O secretário confirmou a escassez não apenas no HR, mas em todos as unidades que estão tratando a doença no Estado. Ele explicou que a secretaria está enfrentando extrema dificuldade para comprar os materiais com o valor elevado no mercado atual, e condenou o uso exagerado de servidor nos estoques hospitalares.

Além disso, ele afirmou que um estoque de insumos chegou em Guarulhos, em São Paulo, na tarde desta segunda-feira (16), e deve ser distribuída aos estados pelo .

Nas unidades municipais de saúde de , no entanto, conforme o secretário de saúde José Mauro Filho, ainda não há falta de máscaras. Segundo ele, os estoques estão completos e há reserva dos itens, que ainda não estão sendo colocados totalmente à disposição da população para evitar falta em momento posterior, em que a pandemia do coronavírus pode atingir pico de contaminados.

Problema frequente

A situação que o HRMS enfrenta durante a pandemia não é novidade, afirma o presidente do SINTSS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social), Ricardo Bueno. Desde o ano passado, os funcionários da unidade reclamam do estoque baixo. O alerta e o número de casos do coronavírus acelerou o uso dos equipamentos de segurança.

“O problema é que o hospital virou referência para tratar a Covid-19 e não tem máscara suficiente. É um problema recorrente do hospital solicitar compras como no ano passado, por exemplo, que pediu EPIs, como as máscaras especiais M95, e infelizmente não foi comprada. As que eles (funcionários) têm em estoque estão acabando. O hospital está preparado para atender na forma do conhecimento dos profissionais, mas o insumo está acabando. Se acabar, como que esses profissionais vão se expor? Se o profissional se contaminar, não terá linha de frente para atender a população”, explica.

Conforme Bueno, hoje o sindicato oficializou um protocolo solicitando e cobrando a SES (Secretaria Estadual de Saúde), uma explicação e a compra dos equipamentos.