Com 9 casos confirmados de coronavírus, campo-grandenses mudam rotina e hábitos

Com nove casos confirmados do novo coronavírus em Campo Grande, muitas pessoas decidiram mudar a rotina como forma de prevenção à doença. Em parques e praças da Capital, o cenário é o mesmo, porém o tempo em que as pessoas permanecem na área pública diminuiu e os hábitos mudaram. Aquela paradinha para uma água de […]

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Com nove casos confirmados do novo coronavírus em Campo Grande, muitas pessoas decidiram mudar a rotina como forma de prevenção à doença. Em parques e praças da Capital, o cenário é o mesmo, porém o tempo em que as pessoas permanecem na área pública diminuiu e os hábitos mudaram. Aquela paradinha para uma água de coco é repensada e comerciantes já começam a sentir o impacto no bolso. Esse cenário deve mudar mais ainda após a recomendação do prefeito Marquinhos Trad (PSD) para o fechamento de academias, shoppings e parques.

Mas, ainda tem quem tenta manter os hábitos diários na Capital, claro, aliados a prevenção. “Evito ficar perto das pessoas e o álcool em gel virou meu melhor amigo”, revela o supervisor comercial Diego Cândido, 27 anos. Diego também mantém, por enquanto, a prática de atividade física. “Acho importante continuar com os exercícios físicos, porque eles ajudam a aumentar a resistência, só evito aglomerações”.

Com 9 casos confirmados de coronavírus, campo-grandenses mudam rotina e hábitos
Diego mantém hábitos por enquanto e diz se prevenir. Imagem: Leonardo de França

A esposa de Diego, a analista financeiro Michele Soares, 31 anos, também acompanha a rotina de exercícios do marido. Ela acrescenta que o casal excluiu ida a restaurantes e shoppings para evitar contato com outras pessoas. “Íamos pouco, agora com essa doença, tiramos totalmente da lista”, enfatiza Michele.

Essa redução também atinge o bolso dos pequenos comerciantes. No entorno do Parque das Nações Indígenas, Djalma Moisés, colocou em sua barraca informativo, álcool em gel para os clientes e intensificou a higienização. No entanto, a clientela diminuiu. “O movimento diminuiu cerca de 40%, porque as pessoas estão evitando aglomerações. Elas fazem seu exercício e vão embora. Não vejo nem aquela troca de conversas como antes”, destaca o comerciante.

Tatiane Oliveira também se preparou para evitar a disseminação da doença em seu estabelecimento. Ela afirma que não viu alteração na venda de bebidas e produtos, mas percebeu mudança de hábito dos clientes. “Sempre procuram álcool em gel antes de pedir qualquer coisa”, confirma.

Nesta quarta-feira (18), o prefeito Marquinhos Trad decretou situação de emergência no município de Campo Grande, em virtude da pandemia do novo coronavírus COVID-19. O decreto traz determinações para as ações de saúde pública, além de recomendações para o setor privado onde ocorrem aglomerações de pessoas.

O prefeito recomendou o fechamento de todas as academias da cidade, assim como dos shoppings centers, parques e praças. “Nós estamos determinando para que todos os empresários de bares, lanchonetes e estabelecimentos congêneres que restrinjam a capacidade de lotação de até 30%”, afirmou Marquinhos.

Coronavírus

Mato Grosso do Sul tem 9 casos confirmados de Covid-19, o novo coronavírus. Conforme o boletim epidemiológico da SES (Secretaria Estadual de Saúde), todos os que testaram positivo para a doença.

O Brasil já registra seis mortes pela doença, quatro em São Paulo e duas no Rio de Janeiro. O primeiro óbito no estado, em relação a Covid-19, foi confirmado na terça-feira (17): um homem de 62 anos, com doenças crônicas, sem histórico de viagem, que morreu no dia 16, após ter ficado internado desde o dia 14 na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Sancta Maggiore.

De acordo com a secretaria, as três vítimas desta quarta-feira são homens, tinham comorbidade – alguma doença anterior preexistente – e tinham 65, 81 e 85 anos, respectivamente.

Nesta quinta-feira (19), a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro confirmou a segunda morte por coronavírus no estado. O paciente é um homem de 69 anos, morador de Niterói, diabético e hipertenso, que morreu na terça-feira (17). A primeira morte por coronavírus no Rio foi confirmada na manhã de terça. A vítima é uma mulher de 63 anos moradora de Miguel Pereira. Ela também tinha diabetes e hipertensão.

 

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