CNJ alerta MS e outros dois estados sobre aumento de casos de Covid-19 nas prisões

O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgou boletim semanal sobre contaminações e óbitos por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no sistema prisional e alertou sobre o aumento acentuado de casos em Mato Grosso do Sul. A entidade também citou os estados de Santa Catarina e Mato Grosso. Conforme os dados, 79 detentos de MS […]

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O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgou boletim semanal sobre contaminações e óbitos por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no sistema prisional e alertou sobre o aumento acentuado de casos em Mato Grosso do Sul. A entidade também citou os estados de Santa Catarina e Mato Grosso.

Conforme os dados, 79 detentos de MS foram confirmados com a doença, sendo que mais da metade das contaminações ocorreu no período entre 13 e 20 de julho.

A Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) começou a divulgar os boletins a partir de segunda-feira, com dados do dia 17, quando havia 60 presos infectados.

O número saltou para 79 no boletim mais recente, do dia 21. Ou seja, em quatro dias houve aumento de 19 casos, que corresponde a um acréscimo de 31%,6.

Essa semana, reportagem do Jornal Midiamax relatou denúncia de familiares de detentas do presídio feminino ‘Irmã Irma Zorzi’. Elas alegavam que várias detentas estavam com sintomas da Covid-19, mas não estavam sendo submetidas a testes para diagnosticar a doença.

Os estabelecimentos prisionais brasileiros registraram um crescimento de 99,3% nos casos de contaminação pelo novo coronavírus nos últimos 30 dias, contabilizando 13.778 ocorrências. O acompanhamento é uma iniciativa do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça (DMF/CNJ).

Medidas de contingência

Diante do crescimento no número de casos, foi anunciada nesta quarta-feira (22), a ampliação da estratégia de testagem molecular em detentos e servidores penitenciários.

Até o momento estavam sendo realizados apenas os testes rápidos, coletados por meio do sangue, o qual detecta o vírus a partir do oitavo dia de sintomas, além da triagem dos ingressos dos novos internos. Então, a partir de agora, serão ampliadas as estratégias de testagem, para o teste mais sensível – molecular.

Assim, para o secretário estadual de saúde, Geraldo Resende, a medida ajudará a evitar a disseminação do coronavírus nos presídios. “O objetivo da ampliação da testagem e as ações de isolamento é identificar precocemente os sintomáticos, testar em massa a população exposta, conseguir isolar os casos positivos dos demais internos para evitar a propagação do surto”, declarou.

O projeto começará com as coletas swab para testagem no Instituto Penal de Campo Grande.

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