É só chover que as ruas do Bairro Chácara dos Poderes, região leste de , ficam intransitáveis. Na tarde desta terça-feira (14) não foi diferente. Assim, os moradores questionam o destino de R$ 5,6 milhões anunciados para obras de e pavimentação no bairro.

Por exemplo, na Estrada EW2, principal via de acesso ao bairro, caminhão ficou atolado no barro (veja o vídeo abaixo). A estrada NE2 se transformou em rio e levou areia direto ao córrego Pedregulho, que já está em processo de .

Moradores cobram explicações da prefeitura a respeito do recurso de R$ 5,6 milhões anunciados em dezembro de 2019. Na época, a promessa foi de que a licitação e execução das obras seria ainda no primeiro semestre de 2020.

Em nota, a prefeitura informou que o projeto está em fase de contratação e que as obras devem ser licitadas ainda este ano.

Recursos

A verba de R$ 5,6 milhões foi empenhada pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, por meio de emendas parlamentares. A primeira intervenção programada é, justamente, para resolver os problemas de erosão e do bairro.

Foram definidas nesta etapa cinco ruas (Urupês, NS-1, EW-1, EW-2, NE-2 e SE-1), onde o sistema de drenagem evitará que toda a enxurrada desemboque na Chácara dos Poderes, destruindo as vias de circulação e praticamente matando assoreado o Córrego.

Situação preocupante

Audiência pública em maio do ano passado já debatia a situação do bairro, que foi considerado próximo de um desastre ambiental.

No debate, os moradores explanaram sobre a situação das ruas e mostraram o assoreamento do córrego Pedregulho, que corta o Chácara dos Poderes. A terra levada pelas enxurradas desce para a corrente de água.

De acordo com dados na Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana), no bairro Chácara dos Poderes residem mais de três mil pessoas e conta com 1.510 chácaras. Sendo que algumas propriedades são fontes geradoras de renda familiar, seja para produção de hortaliças, mel, criação de animais, chácara para eventos, estabelecimentos comerciais, escola de hipismo; e muitas vezes, tem suas atividades prejudicadas devido à precariedade das estradas locais.