A Ame-MS (Associação dos Militares Estaduais de MS) aguardam devolutiva do Governo do Estado a solicitação de agenda com o titular da (Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica), Eduardo Corrêa Riedel, feita na última segunda-feira (5), para retomar negociações salariais da categoria.

Mesmo com a data-base em maio, a associação quer adiantar as tratativas para garantir, pelo menos, reposição de 23,5%, referente a cerca de 5 anos sem reajuste. A entidade aguarda uma devolutiva com data para uma reunião.

Presidente da Ame-MS, o tenente da Polícia Militar Thiago Mônaco Marques destacou que em uma reunião com Riedel ocorrida em 2019, o Governo do Estado posicionou intenção de resolver a questão salarial da categoria e chegou até a criar comissão interna, a partir da qual alguns cenários teriam sido simulados.

“O que queremos é que essa negociação continue. Esses cenários foram informalmente apresentados para a associação, com algumas possibilidades de reajuste, mas o que queremos é pelo menos a reposição de 23,5%, para recompor a perda da última meia década”, pontuou o presidente.

Negociações pacíficas

Mônaco destacou que a retomada das tratativas antes da data-base é uma estratégia para estabelecer o diálogo com o Governo do Estado, levando em conta, também, reuniões ocorridas ao longo de 2019. Segundo ele, a expectativa é que até maio a situação seja dirimida pacificamente.

“Mas, quando se trata de reajuste, as coisas podem ir evoluindo e quem dita o ritmo é a categoria”, destacou o tenente. “A gente espera que o Governo estabeleça essa valorização à categoria, que há mais de 4 anos teve os salários praticamente congelados. Esperamos que ele cumpra a promessa que fez enquanto candidato à reeleição”, acrescentou.

Diferentemente do que se pretende em Mato Grosso do Sul, a negociação salarial de policiais militares no Ceará teve um caminho diferente e foi marcado por uma série de episódios violentos, um deles envolvendo o aquartelamento de uma parte da categoria, na cidade de Sobral, região norte do Ceará.

Na ocasião, o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado por manifestantes aquartelados após utilizar uma retroescavadeira para derrubar o portão de um quartel. A Guarda Nacional foi acionada para pacificar a situação. O senador chegou a ser hospitalizado, mas passa bem.