Os policiais e bombeiros militares de Mato Grosso do Sul enviaram um ofício nesta segunda-feira (26) ao Governo do Estado com reivindicações da categoria e pedem uma negociação salarial. A categoria aponta a precariedade como um dos motivos pelo qual a Prefeitura de Campo Grande mudou o nome da Guarda para Polícia Municipal.

Conforme ofício divulgado pela AME-MS (Associação dos Militares Estaduais de Mato Grosso do Sul), as negociações salariais de 2019 devem ser iniciadas imediatamente. A revisão salarial estava prevista para o mês de maio. “Tendo em vista que nos últimos quatro anos, nem as perdas inflacionárias da classe foram repostas, causando com isso um grande prejuízo financeiro”, justifica a categoria.

A Associação afirma que os PMs e Bombeiros estão com atas de promoção estatuárias em atraso, com a justificativa de adequação de pessoal. Entretanto, a AME ressalta que foram feitas inúmeras nomeações e reajustes para cargos do executivo.

A categoria ainda reclama sobre a precariedade da profissão, com déficit no efetivo, falta de viaturas, coletes vencidos e prédios sem condições. Os militares afirmam que a falta de estrutura pode ter motivado a criação do nome de ‘Polícia Municipal' para a Guarda em Campo Grande. Com estes argumentos, a Associação pede uma audiência em caráter de urgência para tratar das reivindicações dos militares.

O Jornal Midiamax entrou em contato com o Governo do Estado para saber se há possibilidade de negociação, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

Polícia Municipal

Órgão especial do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul derrubou na última quarta-feira (20) a proposta de emenda à Lei Orgânica do Município que havia alterado a nomenclatura da Guarda Civil Municipal de Campo Grande, que passou a ser chamada de Polícia Municipal. Com a decisão, o órgão volta a ser chamado de Guarda até que seja feito o julgamento do mérito da ação.

A mudança de nomenclatura gerou atrito entre policiais militares e guardas municipais. A briga se acirrou mais ainda com a prisão irregular de um sargento reformado da PM, preso por guardas depois de confusão em uma unidade básica de saúde do Nova Bahia, em Campo Grande.

Após a alteração em outubro do ano passado, uma ação foi impetrada pela associação da contra a mudança. Com o decreto, os agentes seriam armados e exerceriam a função de polícia administrativa, no âmbito da competência municipal, na fiscalização do trânsito, bem como realizar apreensões, detenções e autuações.