Parentes de presos transferidos para nova Gameleira denunciam agressões

Familiares de internos da da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, em Campo Grande, realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (13) na Praça Ary Coelho. Com cartazes e gritos, as famílias afirmaram que os presos têm sofrido constantes agressões e têm ficado sem alimentação. Conforme Keila Nascimento, esposa de um interno, […]

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Familiares de internos da da Penitenciária Estadual Masculina de Regime Fechado da Gameleira II, em Campo Grande, realizaram uma manifestação na manhã desta sexta-feira (13) na Praça Ary Coelho. Com cartazes e gritos, as famílias afirmaram que os presos têm sofrido constantes agressões e têm ficado sem alimentação.

Conforme Keila Nascimento, esposa de um interno, os policiais e agentes da unidade estariam indo nas celas por volta da meia noite agredir os presos com cassetetes e spray de pimenta. “Quem reage é levado para um lugar chamado ‘forte’. Lá eles ficam sem água e sem alimentação”, disse à reportagem.

Outra manifestante, Meire Sampaio, que tem um marido e um filho institucionalizados, disse que eles estão sem os direitos básicos e não podem nem questionar. Segundo ela, os advogados também estariam impedidos de entrar. “Falta auxílio médico e eles estão recebendo uma série de maus-tratos”, afirmou.

Renilda dos Santos foi ao protesto com um neto e o filho pequeno, de 3 anos. Ela disse que os presos estão sem dignidade e nem comida podem levar para os internos. “Não podemos levar nem comida e eles só podem receber itens de higiene uma vez por mês”, contou.

As manifestantes contaram que já conversaram com o chefe de segurança da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), já foram até a Defensoria Pública, mas até então, nada foi resolvido.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Agepen e aguarda posicionamento.

Gameleira II

O novo presídio foi inaugurado no dia 26 de novembro de 2019, com uma estrutura de 101 celas construídas com material resistente a escavações, o que dificulta fugas de detentos, o novo presídio de segurança Máxima da Gameleira. A transferência de parte dos detentos, no início de fevereiro, mobilizou uma megaoperação com vários efetivos policiais.

Ao todo, a penitenciária possui 78 celas divididas em três pavilhões, sendo um com 11 celas da saúde e 12 celas disciplinares. O investimento foi de e mais de R$ 18,9 milhões, sendo R$ 14,5 milhões oriundos de recursos federais do Depen (Departamento Penitenciário Nacional) e R$ 4,3 milhões do Estado.

Ao todo, a unidade penal conta com uma área de 18,1 mil m² e mais de 5,7 mil m² de área construída. Além das celas coletivas, há, ainda, celas de isolamento, salas de aula, setores administrativos, de assistência psicossocial, ala de saúde e áreas de visita. Decreto publicado nesta quarta-feira (11) oficializou a criação do novo presídio.

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