Após nova invasão, Prefeitura de Campo Grande retira materiais de área da antiga Cidade de Deus
Ocupação que teve início na segunda-feira em área de manejo ambiental resultou em confronto pela manhã e retirada de invasores.
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Em meio à poeira e acusação de ter “acuado” participantes da ocupação da área da antiga favela Cidade de Deus, na região do Dom Antônio Barbosa, a força-tarefa da Prefeitura de Campo Grande iniciou por volta das 14h desta quarta-feira (29) a retirada de ocupantes e dos materiais usados na terceira tentativa de se erguerem barracos no local. Patrolas e caminhões são usados no trabalho, iniciado sem confronto.
A reportagem do Jornal Midiamax identificou, pelo menos, 5 patrolas e 2 caminhões para remoção de entulhos sendo usados na desocupação. Equipes da Guarda Civil Metropolitana, Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) e Amhasf (Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários) atuam na retirada dos invasores que, por sua vez, dizem terem sido acuados pelos servidores: relatos dos participantes da ocupação são de que equipes da GM teriam apontado armas exigindo a saída. Outros, no entanto, relataram que não houve pressão. Alguns participantes teriam fugido do local.
Todas as construções irregulares teriam sido demolidas, sendo agora retiradas por meio dos caminhões.
Foram feitas três tentativas de se acabar a ocupação da Cidade de Deus até que, na manhã desta quarta-feira (29), equipes da GCM providenciaram a remoção dos invasores que, há 3 dias, chegaram ao local –no qual está previsto o plantio de árvores para concluir as ações ambientais do aterro sanitário.
Houve tumulto e foi necessário o uso de bombas de efeito moral e de balas de borracha, já que os guardas alegam terem sido recebidos a pedradas. Entre os ocupantes, houve relatos de agressões a uma gestante e uma criança. Quatro pessoas foram detidas. Logo após a GCM sair, os invasores voltaram a erguer os barracos. A guarda nega ter cometido agressões.
A Amhasf adverte que a participação de invasões exclui as pessoas da possibilidade de obterem imóveis populares pelos próximos 4 anos. Desde segunda-feira (27), a prefeitura vinha negociando a saída dos ocupantes, sem sucesso, levando à primeira ação de demolição –repetida no dia seguinte.
Confira vídeo dos trabalhos desta tarde:
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