Após ataques e mortes, adestradora alerta para cuidados básicos na criação de pitbulls

Neste domingo (18), um cachorro da raça pitbull foi flagrado andando com um cachorrinho morto na boca, pelas ruas de Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. Os frequentes ataques e mortes registrados em Mato Grosso do Sul, reascendem a polêmica de que os animais de grande porte são extremamente violentos e agressivos.

De acordo com a adestradora de cães, Ana Clara Rosa Balbé, os tutores devem observar atentamente o instinto de cada pet. Qualquer animal de comportamento agressivo deve passar por treinamento para evitar acidentes.

“Os pitbulls, assim como muitos outros de raças fortes, têm em suas características a guarda e proteção. São animais extremamente dóceis, mas qualquer animal que for treinado ou mal treinado, pode desenvolver mais a agressividade. A diferença de um pitbull para um yorkshire, por exemplo, é a potência da mordida”, ressalta.

“Já quem quer ter um cão em casa, seja por guarda ou qualquer outro motivo, deve se atentar muito mais ao local que esse cão vai ficar, se o acesso à rua é completamente fechado e qual vai ser o contato desse animal com outras pessoas da casa ou animais. Conhecer o criador e a genética de cada cão é a primeira forma de prevenir comportamentos agressivos, por exemplo, uma linhagem de cães agressivos não vai gerar cães extremamente dóceis”, explica.

Cuidados dentro e fora de casa

Além de se informar e procurar ajuda de um profissional antes mesmo do cão apresentar comportamentos agressivos, para evitar acidentes fora de casa, o essencial é usar coleira e focinheira na hora do passeio.

“Existem equipamentos específicos para os passeios, garantindo a segurança e bem-estar do cão de grande porte e que cães de raça forte não podem jamais passear soltos na rua”, finaliza.