Votação do Conselho Tutelar surpreende, cédulas acabam e formam longas filas
As eleições para integrar o Conselho Tutelar vão até às 17h deste domingo (6) e, em Campo Grande, por ora não houve tumultos e registros mais graves. Porém, a falta de cédulas e a demora para realizar a votação são os problemas que mais geram reclamações e são relatados por eleitores ao Jornal Midiamax. O […]
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As eleições para integrar o Conselho Tutelar vão até às 17h deste domingo (6) e, em Campo Grande, por ora não houve tumultos e registros mais graves. Porém, a falta de cédulas e a demora para realizar a votação são os problemas que mais geram reclamações e são relatados por eleitores ao Jornal Midiamax.
O CMCDA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente) esperava que até o fim do dia 30 mil pessoas comparecessem para a votação. Entretanto, o número foi ultrapassado já na metade do dia, ocasionando problemas. Uma força-tarefa foi montada para confeccionar mais cédulas e realizar a reposição.
Conforme apurado pela reportagem, faltaram cédulas em vários locais de votação em Campo Grande, citando como exemplo as escolas municipais Coronel Antonino e Padre Tomaz Ghirardelli, além do colégio Paulo Freire, também ponto de votação.
Na escola Tomaz Ghirardelli, maior colégio eleitoral da cidade com até 8 mil votantes, no Dom Antônio Barbosa, reclamações apontam demora de até uma hora para reposição das cédulas, que teriam acabado por volta das 10h. No relatório de trabalho, a demora teria sido de apenas 15 minutos, iniciando às 10h10 e encerrando às 10h25.
“Acho que também estão faltando cabines de votação. Domingo é o dia que temos para ficar com a família, então ficar esperando tanto nessa fila atrapalha. Tinha que ter mais”, comenta um dos eleitores que foram à escola, Julianderson Castro, de 34 anos. Ele estava no momento em que faltaram cédulas.
“Não desistimos e ficamos aqui por que a votação é importante, é uma benfeitoria para a gente mesmo, para o povo”, explica, diante da afirmativa de pessoas ao lado de que várias pessoas desistiram de votar ao verem a longa fila. Houve também reclamações de que o banheiro do local está trancado.
Quem também encontrou alguns obstáculos na votação, mas permaneceu ali foi Adeusina Caetano, de 60 anos. Além da espera, ela também diz que deveriam haver mais fiscais para orientar os eleitores e ajudar na votação, considerada importante por ela.
“Demorou muito, quase uma hora. Deveriam ter mais urnas para agilizar e fiscais na fila para ajudar e orientar a gente. Eu mesmo fiquei tanto tempo esperando por que não sabia que existia a preferência para idosos. Só fui saber quando chegou perto da minha vez”, frisa a senhora, que foi acompanhada de uma amiga.
Local de votação errado e explicação para a demora
Houve também problemas de pessoas que, ao chegarem para votar, foram impedidas de ir às cabines – são duas por zona eleitoral – devido o nome delas não estarem na lista de eleitores fornecida pelo TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul). Um dos locais em que isso ocorreu foi a Escola Municipal Emydio Campos Vidal.
De acordo com a organização, isso ocorre devido a mudanças de local de votação geral feitas pela Justiça Eleitoral e não comunicadas ao eleitores, que sequer sabiam da alteração. “Assim que ocorre isso, levantamos o local correto e orientamos as pessoas a irem até lá”, explica a coordenação do evento.
O TRE-MS forneceu a lista de eleitores e cabines de votação, mas a organização do evento é feita pela CMCDA e pelo Instituto Águia, de São Paulo (SP). Ao invés de urnas eletrônicas, como ocorre em outras cidades do país, o TRE forneceu urnas e cabines para preenchimento manual das cédulas, para a eleição em Campo Grande.
“Existe então uma demora maior para escrever, natural, assim como as filas nas eleições gerais acontecem, aqui acaba acontecendo”, explica a coordenadora da votação, Alessandra da Silva Hartmann, que confirma também os 30 mil eleitores esperados superados, esgotando as cédulas que já estavam confeccionadas.
Denúncias de irregularidades
Já sobre o recebimento de denúncias sobre irregularidades, foi confirmado a chegada de algumas, como boca de urna e transporte de eleitores até os locais de votação. “Infelizmente é verdade. Recebemos essas denúncias e estamos tomando as providências”, comenta Alessandra. Por ora, não houve denúncia de compra de votos.
A votação para o Conselho Tutelar é facultativa, ou seja, não é obrigatória. Qualquer pessoa com título de eleitor está apta a votar. A lista dos locais de votação e os remanejamentos pode ser conferida clicando neste link.
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