Cerca de 200 servidores administrativos da educação, em greve desde a última segunda-feira (20), partiram a pé da Assembleia Legislativa, onde estiveram mais cedo, até o prédio da SED (Secretaria de Estado de Educação). No local, o grupo protesta contra a proposta de reajuste zero, apresentada pelo governo do Estado.

Ao saírem a pé da Assembleia Legislativa, que fica a cerca de 2 km do prédio da SED, o grupo causou lentidão e congestionamento no trânsito de veículos. Eles seguravam faixas e faziam “apitaços” durante o trajeto, em manifestação que segue em frente à secretaria.

No microfone, grevistas desafiaram o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e o titular da Segov, Eduardo Riedel, a exibirem a fatura de energia. “Certamente é maior que o salário base de um administrativo da educação, que é o menor entre o dos servidores estaduais”, diziam.

Mais cedo, na Assembleia Legislativa, o grupo pediu a incorporação do abono de R$ 200, nem que seja de forma escalonada. A reivindicação é pauta de manifestação da categoria há pelo menos dois anos e meio. Em 2018, durante greve que durou quatro dias, o governo havia se comprometido a fazer a incorporação do valor. Porém, a promessa não foi cumprida, sob justificativa de que as despesas do Estado haviam atingido o limite prudencial, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

O grupo promete manifestações diárias enquanto durar a greve. Nesta manhã, uma reunião entre a diretoria da (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS) e o adjunto da SED, Edio Antonio Resende de Castro, foi cancelada. Segundo a federação, uma nova agenda ainda não foi marcada.