VÍDEO: Vizinhos reclamam do rastro de urina e destruição deixado por foliões de rua em Campo Grande
A manhã desta quarta-feira de Cinzas (6) revelou o lado desagradável da folia carnavalesca em Campo Grande: um rastro de destruição e um mar de urina registrados a partir da Avenida Mato Grosso com Calógeras, onde está o monumento da Maria Fumaça, até aproximadamente a esquina da Calógeras com a Rua Antônio Maria Coelho. O […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
A manhã desta quarta-feira de Cinzas (6) revelou o lado desagradável da folia carnavalesca em Campo Grande: um rastro de destruição e um mar de urina registrados a partir da Avenida Mato Grosso com Calógeras, onde está o monumento da Maria Fumaça, até aproximadamente a esquina da Calógeras com a Rua Antônio Maria Coelho.
O local era a principal rota de dispersão do Carnaval de Blocos da Esplanada Ferroviária, que neste ano funcionou apenas até às 22h, devido a um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado com o MP-MS (Ministério Público Estadual).
Segundo os moradores da região, o festejo foi muito organizado nos limites da Esplanada. Os problemas começam, no entanto, após a Avenida Mato Grosso, sobretudo na rota de dispersão – e muito antes da festa chegar ao fim -, motivada pela falta de infraestrutura e, principalmente, pela falta de educação de parte dos foliões.
“Lá dentro é ótimo. É cercado, é muito organizado e seguro, tem toda uma estrutura. Mas fora [do isolamento] é diferente, porque aqui não tinha nem policiamento fixo e nem banheiro químico. Só que os ambulantes não ficavam lá dentro, ficavam aqui fora. Aí, quem consumia bebida e queria urinar fazia na rua, porque não tinha banheiro. O Centro está um nojo nessa manhã”, conta o funcionário público André Luiz Martins, de 40 anos, há 30 morador da região.
A dispersão também foi criticada, principalmente porque muitos foliões permaneceram na região. “Falaram que ia ter policiamento no entorno, infraestrutura, mas não teve nada disso. Foram quatro dias sem dormir direito, com medo de ter a casa invadida. Chegava um carro e colocava o som alto, eu fiquei desesperada”, conta Maria Acosta, 59 anos, dona de casa, há 11 morando no Centro. “O problema não é o Carnaval, são as pessoas”, completa.
Destruição
Inaugurado há cinco meses, em outubro de 2018, o Monumento Maria Fumaça, na esquina da Calógeras com a Avenida Mato Grosso, teve o paisagismo e parte do mobiliário destruído – grades foram derrubadas e plantas arrancadas. Casas e estabelecimentos comerciais do entorno também foram danificados. Uma moradora da região teve o hidrômetro quebrado por vândalos durante o Carnaval, que também destruíram vidraça de um estabelecimento comercial da Avenida Calógeras.
De acordo com a Polícia Militar, a estimativa é de que cerca de 35 mil foliões tenham passado pela Esplanada Ferroviária somente na terça-feira (5). Ainda segundo a corporação, 250 pessoas e 89 veículos foram abordados ao longo de todo o dia na região.
Após a dispersão, houve necessidade de uso de instrumento de menor potencial ofensivo, tais como bombas de efeito moral, pelo Batalhão de Choque, visto que houve arremesso de garrafas contra os policiais militares de serviço. Segundo a assessoria da polícia, os autores das agressões não foram presos devido à dificuldade de identificar suspeitos na multidão.
“Eu acho que se houvesse mais policiais no entorno, pelo menos até a Rua Maracaju, as pessoas não se sentissem tão à vontade para urinar na rua e colocar som alto. É um grave problema, e quem paga a conta é a gente que mora aqui e o carnavalesco decente, que brinca os dias sem excesso. Se continuar assim, não tem mais condições de ficar aqui ano que vem. Vou trancar minha casa e ir pra outro lugar”, conta Luiza Cardoso Silva, de 54 anos, manicure.
“Os moradores ficam sitiados. A gente não sai de casa por medo. Você sai no portão e vê um cara urinando e chama a atenção dele. Mas, na segunda vez, ele já está embreagado. A gente fica com medo, não dá para se expor à violência. Tinha que ter mais estrutura também do lado de fora, inclusive do Conselho Tutelar, pois havia muitos menores bêbados”, conclui André Luiz Martins.
Notícias mais lidas agora
- Motorista morre carbonizado em acidente com carreta na MS-276
- VÍDEO: Campo-grandenses são trolados no Centro em época de compras para o Natal
- Corpo de homem desaparecido é encontrado em rio no interior de MS
- Motorista de aplicativo esfaqueia cliente após briga por cancelamento de corrida em Campo Grande
Últimas Notícias
Por áudio, mulher é ameaçada por ex de antigo caso amoroso
“Se te pegar, vou te encher de bala”, teria dito a autora ao proferir a ameaça
Briga em estacionamento de shopping de Campo Grande leva duas mulheres para a delegacia
Confusão teve que ser contida pela Polícia Militar, que foi até o local para averiguar a situação
Decisão da Supercopa Rei 2025, entre Botafogo e Flamengo, será realizada em fevereiro
Jogo será realizado no Mangueirão, em Belém do Pará
Colégio publica nota de esclarecimento após estudantes aguardarem volta para Campo Grande por três dias
O retorno dos estudantes estava previsto para o dia 17 de dezembro
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.