A notícia da derrubada do veto que regulamenta o uso de aplicativos para motoristas pegou de surpresa o dono da Rodar Serviços de Taxi e Transportes Personalizados, que atua no transporte de passageiros no Aeroporto Internacional de Campo Grande desde setembro.

Conforme o Flávio Alves de Morais, a empresa ainda não havia tomado conhecimento sobre a Lei, mas de qualquer forma, a Rodar se adequará a qualquer norma para ficar totalmente legalizada.

“A Rodar é uma empresa que chegou em Campo Grande para causar na sociedade a tranquilidade de chegar em casa em segurança, de pagar um preço justo na passagem e também ser legalizada, obediente a legislação. Ao tomar conhecimento, a Rodar vai atender a legislação vigente e no que compete à ela, cumprir o que manda a Lei”, disse à reportagem do Midiamax. Procurada, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária), não se manifestou.

A Rodar venceu a licitação da Infraero em agosto e passou a atender os passageiros no aeroporto. Com isso, os taxistas perderam espaço e só têm direito a uma vaga na porta do aeroporto.

Veto derrubado

Por 17 votos a 6, os vereadores de Campo Grande derrubaram nesta quinta-feira (31) o veto da lei que regulamenta o uso de aplicativos para motoristas. Sem o veto, a empresa que atua no Aeroporto Internacional de Campo Grande deverá exigir dos motoristas o alvará concedido aos taxistas, ‘forçando’ a empresa a contratá-los.

Com número limitado de emissões de alvará, para poder atuar dentro da Lei, a empresa teria que fazer a contratação, já que somente os táxis têm, atualmente, a licença exigida. De acordo com o vereador Vinícius Siqueira (DEM), que apresentou a emenda vetada pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) e derrubada nesta quinta na Casa, a intenção é determinar que o ponto de táxi que existia no Aeroporto Internacional é perímetro municipal. “É um ponto fixo que precisa de alvará para funcionar, conforme a legislação municipal”.

O impasse surgiu porque a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) é federal e lançou licitação para aplicativos usarem o espaço que anteriormente era ocupado pelos taxistas, forçando-os a sair do local. Há divergências sobre a divulgação do edital. Alguns taxistas defendem que não ficaram sabendo. Outros, que o sindicato que os representa não teria tido interesse em participar.