Táxi, Rodar ou aplicativo: ‘briga’ por clientes continua no aeroporto de Campo Grande
Pouco mais de um mês depois da chegada de uma nova empresa para transportar passageiros, a ‘disputa’ por consumidores continua no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Após o pouso de um voo, é comum que os passageiros se aglomerem na porta do aeroporto para decidir se devem pegar um táxi, um transporte pela empresa Rodar […]
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Pouco mais de um mês depois da chegada de uma nova empresa para transportar passageiros, a ‘disputa’ por consumidores continua no Aeroporto Internacional de Campo Grande. Após o pouso de um voo, é comum que os passageiros se aglomerem na porta do aeroporto para decidir se devem pegar um táxi, um transporte pela empresa Rodar ou se irão utilizar um aplicativo para chegar em casa.
A Rodar Serviços de Táxi e Transportes Personalizados venceu a licitação da Infraero para atender os passageiros no aeroporto. Com isso, os taxistas perderam espaço e só têm direito a uma vaga na porta do aeroporto. Os táxis e a empresa ainda dividem consumidores com os aplicativos de transporte individual, que apesar de não ficarem estacionados no aeroporto, ainda são opção para quem procura um preço acessível.
Apesar do espaço reduzido, muitos dos consumidores ainda recorrem aos táxis, seja por costume, preferência ou até falta de informação. A empresária Danielle Santim, de 36 anos, procurou um táxi ao chegar em Campo Grande e diz que nem sabia sobre a nova empresa que opera no aeroporto. Ela só percebeu a mudança nesta segunda-feira (14), quando se deparou com uma fila de passageiros no espaço dedicado aos taxistas.
Já o empresário Adriano Amaral, de 45 anos, gostou da mudança. Segundo ele, a proposta é interessante e deve trazer mais segurança aos passageiros. “Eu já vi um serviço parecido em Curitiba, tem uma empresa que trabalha dentro do aeroporto. Se aqui funcionar do mesmo jeito, vai ser muito interessante e é possível que o preço seja melhor”, diz.
Após ter a experiência de trabalhar do lado de fora do aeroporto por um mês, o taxista Juscelino Rodrigues, de 57 anos, diz que a situação não foi tão ruim quanto ele imaginava. O desconforto de trabalhar do lado de fora continua, mas ao menos o prejuízo financeiro não foi tão grave.
“Eu tive um prejuízo sim, mas foi menor do que eu imaginava. Estamos rodando bastante, tem muito passageiro que não adere [à empresa nova]. No aeroporto tem muitos empresários que chegam, eles não abrem mão do táxi”, comenta.
Apesar de o movimento ter sido bom no último mês, o taxista pontua que o desconforto é o maior problema. Não ter um abrigo e ter que ficar estacionado sob o sol quente ou chuva são algumas das dificuldades. “Além disso lá tinha bebedouro, geladeira, banheiro, aqui fora não temos nada. Outra dificuldade é chegar até a vaga rotativa”.
Já o dono da empresa Rodar, Flávio Alves de Moraes, afirma que a avaliação do primeiro mês de trabalho no aeroporto foi positiva. Para atender os passageiros no local são cerca de 60 motoristas e há um crescimento do número de viagens. Foram 6,3 mil viagens feitas desde que a empresa começou a operar no Aeroporto.
“A percepção que temos é excelente, os clientes gostam do atendimento e do preço. Também percebemos que estamos crescendo, a cada semana, atendemos mais clientes”, diz. Ele ainda ressalta que a Rodar é a única empresa credenciada para transportar quem desembarca no Aeroporto de Campo Grande.
Segundo Flávio, quem ganhou com a mudança foi o consumidor. “Os passageiros estão satisfeitos porque antes você pagava um absurdo e hoje o nosso preço é justo”.
Como funciona a Rodar?
O proprietário da Rodar, Flávio Morais, explicou ao Midiamax que para utilizar o serviço o passageiro deve realizar um cadastro no guichê de desembarque e já pagar a corrida. Ele receberá um voucher, que deve ser entregue ao motorista que fará a conferência das informações e fazer o lançamento da corrida no sistema.
No início da operação da empresa, em setembro, eram 120 motoristas cadastrados na empresa, mas apenas oito atuavam no aeroporto, divididos em três turnos. “São 120 motoristas cadastrados na Rodar. No cadastro é feito um credenciamento na Infraero para que os motoristas sejam conhecidos. É um avanço para Campo Grande. Uma resposta aos anseios da população que pedia a melhoria no serviço de transporte do aeroporto”, disse Flávio.
Licitação
A Rodar foi vencedora de processo licitatório aberto pela Infraero, do qual taxistas que ocupavam o ponto na área externa não tiveram interesse em participar, conforme o sindicato da categoria.
Segundo a Infraero, o processo foi divulgado em maio e a abertura da disputa pelos interessados ocorreu em junho, em modalidade eletrônica realizada pelo Banco do Brasil. O contrato prevê que o novo serviço seja oferecido pelos próximos cinco anos.
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