Vyga segue com salários atrasados, sem 13° e MPT diz que vai acompanhar situação

Funcionários e, principalmente, funcionárias da empresa Vyga – terceirizada que executa serviços de limpeza aos órgãos públicos do governo do Estado – continuam sem receber os salários. Até agora, são dois meses de salários atrasados, 13º salário e dois meses sem tíquete de alimentação. Na última quinta-feira (10), o MPT (Ministério Público do Trabalho em […]

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Funcionários e, principalmente, funcionárias da empresa Vyga – terceirizada que executa serviços de limpeza aos órgãos públicos do governo do Estado – continuam sem receber os salários. Até agora, são dois meses de salários atrasados, 13º salário e dois meses sem tíquete de alimentação. Na última quinta-feira (10), o MPT (Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso do Sul) informou ao Jornal Midiamax que já recebeu denúncia sobre a situação dos trabalhadores.

A situação das trabalhadoras, que recebem salário mínimo, já está chegando ao desespero. Segundo as funcionárias, muitas são ‘mãe e pai’. Elas sustentam a família e já não estão tendo dinheiro para comida e para pagar o aluguel de casa. A empresa não atende e não fornece informações aos trabalhadores, ao sindicato que representa a categoria e nem ao Jornal Midiamax.

O governo do Estado, contratante dos serviços da Vyga, pagou ao longo de 2018 cerca R$ 18,5 milhões à empresa e alega que o repasse não está atrasado. O STEAC-MS (Sindicato do Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul), sindicato que representa a categoria confirma o ‘jogo de empurra’. “

“Não temos a realidade do que aconteceu e ninguém esclarece. O tomador do serviço [o governo do Estado] diz que está legalizado e ela [a proprietária da Vyga] diz que não tem dinheiro. Com o fim do recesso da Justiça ela terá que responder à Justiça. Ontem (quinta-feira) estivemos na sede da empresa e ela não nos recebeu”, conta o presidente do sindicato, Wilson Gomes.

Segundo Gomes, o problema afeta mais de 200 trabalhadores de Campo Grande e do interior do Estado. Um grupo de 35 funcionário fez acordo de rescisão indireta no fim de 2018. Eles conseguiram o acesso ao FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e ao seguro-desemprego. Porém há o clima apreensão, pois, a primeira parte do acerto deve ser paga no dia 20 deste mês.

O MPT-MS informou que recebeu denúncia pelo site do órgão. “A denúncia aguarda distribuição para um dos procuradores do Trabalho lotados em Campo Grande, o qual analisará a veracidade e reflexos jurídicos dos fatos, decidindo pelo prosseguimento das investigações – com instauração de inquérito civil – ou arquivamento”, informou o órgão.

Os funcionários podem fazer denúncias ao MPT-MS e à Superintendência Regional do Trabalho (Treze de Maio, 3214 – Centro).