O transporte de corpos feito pelas escadas chamou a atenção para os problemas funcionais dos elevadores do HRMS ( de ), cada vez mais frequentes. Durante um evento do nesta segunda-feira, o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que nunca recebeu um pedido sobre a troca ou solução para os elevadores. Um procedimento administrativo deve ser aberto para apurar a situação.

Resende afirma que o caso só ressalta as falhas na gestão do Hospital Regional. O secretário ressalta que quer substituir os elevadores parados e construir um elevador externo, com maior capacidade de peso, para o transporte de pacientes com mórbida para cirurgia bariátrica.

No dia da posse da nova diretora-presidente do HRMS, a SES anunciou o investimento de R$ 55 milhões no Hospital. Entretanto, os recursos não contemplam uma solução para os elevadores. O secretário de saúde explica que isso acontece porque os elevadores não tinham sido colocados como uma prioridade.

“Há algo esquisito. Se, na sua casa, você vai fazer uma reforma em determinado compartimento e tem recurso para uma reforma geral, por que você deixa algum setor da sua casa sem resolver?”, questiona.

Geraldo Resende afirma que deve abrir um procedimento administrativo para cobrar responsabilidades sobre quem não informou sobre os problemas nos elevadores. “Vamos fazer processo administrativo e cobrar responsabilidade de quem está deixando de apontar demandas que hospital precisa resolver. A quem interessa manter o Regional do jeito que ele fica, só nas pautas negativas da imprensa?”.

Problemas nos elevadores são frequentes

Os problemas funcionais dos elevadores do HRMS (Hospital Regional Rosa Pedrossian) seriam frequentes e apenas a manutenção não estaria sendo suficiente para evitar transtornos como os ocorridos no domingo (8). Nessa data, a liberação do corpo de pacientes que morreram no hospital foi dificultada pela impossibilidade do transporte pelos elevadores de serviço. Com isso, o foi acionado para fazer o transporte dos corpos.

Outras denúncias revelam que nos últimos dias, pacientes também tiveram dificuldade de ter acesso a tratamento nos andares estratégicos do HRMS, como a UTI cardiológica, Centro Cirúrgico e UTI infantil, porque a maca de transporte não entrava nos elevadores de serviço. Relatos obtidos pela reportagem também reforçam que o problema com os elevadores é recorrente e ocorre há vários anos, o que aponta para a necessidade de que os equipamentos sejam inteiramente substituídos.

“Estou há mais de dez anos no Regional e esse problema do elevador enguiçar sempre aconteceu. Mas, nunca aconteceu tanto quanto agora. Só fazer a manutenção já não serve porque eles precisam ser trocados. Cada vez que a gente precisa subir com um paciente tem essa tensão”, declarou uma funcionária do HRMS.

(colaborou Guilherme Cavalcante)