A nova diretora-presidente do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) assume o cargo nesta quarta-feira (6). A médica Rosana Leite de Melo é servidora de carreira do Hospital e especialista em cirurgia de cabeça e pescoço. Ela assume o cargo em meio ao caos que cerca o hospital há meses: falta de médicos, problemas no fornecimento de insumos e até investigações sobre mortes. Outra novidade é que a SES (Secretaria de Estado de Saúde) anunciou investimento de R$ 55 milhões na estrutura do hospital.
Além de servidora do HRMS, Rosana também é docente do curso de medicina da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e ocupava cargo de coordenadora geral de residências médicas em saúde no Ministério da Educação. Ela também é ré por improbidade administrativa. De acordo com denúncia do MPMS (Ministério Público Estadual), Rosana chegou a acumular carga horária de 76 horas semanais.
A nova diretora do hospital foi apresentada pelo secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, nesta quarta-feira (6). O secretário acredita que a médica dará continuidade ao trabalho que estava sendo desenvolvido na reestruturação do hospital.
“O Hospital Regional é uma das nossas prioridades, mas mudanças não são feitas da noite para o dia. Estamos desde janeiro trabalhando para resolver os problemas do Hospital. A nova diretoria tem a missão de reduzir custos e aumentar a produção na unidade”, disse.
O ex-diretor do HRMS, Márcio Eduardo de Souza deixou o hospital depois de 18 anos como servidor público. Ele deixou claro que deixou a diretoria do hospital por opção e que sai de consciência limpa. “Acredito que o hospital está em ótimas mãos, estou feliz em saber que os processos continuarão a andar. Saio de consciência tranquila, fiz o meu melhor”, disse.
A nova diretora, Rosana Leite, afirma que a missão da gestão é reduzir os gastos e entregar um serviço de qualidade à população, para que o HRMS se torne uma referência. “A situações são complexas e requerem soluções complexas. O que mais prejudica [o hospital] são processos de compras, às vezes faltam determinados produtos e afeta todo o hospital. O corpo clínico está desmotivado, a ideia é valorizar os profissionais, [assim] vamos ter bons resultados nos atendimentos”.
Investimentos de R$ 55 milhões
Conforme informações do Governo do Estado, o HRMS passará por um processo de reestruturação com o investimento total de R$ 35,9 milhões. Serão reformados os setores de Hemodiálise, no valor de R$ 1 milhão, a enfermaria pediátrica do terceiro andar, no valor de R$ 1,7 milhão, o centro cirúrgico, no valor de R$ R$ 3,9 milhões, a UTI pediátrica, no valor de 987 mil, a enfermaria do oitavo andar, no valor de R$ 2,5 milhões, a central de material esterilizado, no valor de R$ 1,3 milhão e a pintura externa e manutenção das brises do Hospital, no valor de 1,9 milhão.
No valor de R$ 22 milhões, será construído um anexo que deverá abrigar uma nova ala para o serviço de traumato-ortopedia, além do Centro de Reabilitação e Readaptação Estadual (CRER), que terá 8 mil metros quadrados, vai abrigar o Centro de Reabilitação, ambulatório e a farmácia. No novo setor haverá 62 leitos, 10 Unidades de Terapia Intensiva e mais seis salas cirúrgicas. O Plano de investimentos do Hospital Regional também prevê a compra de cerca de mil equipamentos, no valor de R$ 19 milhões. De acordo com a nova diretora, a previsão é de terminar as obras até o fim da gestão do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), em 2020.
