Foi publicada no DOE (Diário Oficial do Estado), de 17 de abril, a decisão da sindicância que apurava a conduta do diretor da E.E. Maria Constança Barros Machado, Daniel da Silva Lemos e o professor Jó Medeiros de Aquino, sobre a exibição de um filme com suposta cena de sexo.

Conforme a decisão, ambos foram destituídos de seus cargos na escola e serão transferidos para outra unidade escolar, que será definida pela Sugesp (Superintendência de Gestão de Pessoas), da SED (Secretaria de Estado de Educação).

A sindicância foi aberta, após a repercussão nas redes sociais, do comentário do tio de um aluno que questionou o posicionamento da escola e do diretor, em exibir o filme e ‘obrigar os estudantes a assistirem’. Mas, conforme o professor Jó Medeiros de Aquino, a história não foi relatada corretamente.

“Apresentei o artista à escola, 15 dias antes do vídeo ser exibido e foi marcada uma data para ele apresentar o projeto que seria exibido como atividade geral e não, da aula de artes. Eles se reuniram antes de divulgar e não sei o que conversaram depois. A direção e a coordenação na época, deveriam avaliar como seria o procedimento pedagógico e didático para apresentar esse filme e como seria feito”, afirma.

“Foi exibido agora pela manhã, um filme de sexo explicito de cunho homossexual onde os alunos não foram avisados de seu conteúdo sexual. Além de não serem informados, após adentrarem ao auditório os mesmo foram proibidos de sair durante a apresentação e ameaçados pelo responsável caso alguém filmasse ou fotografasse as cenas do repugnante filme. Esse lixo de filme é intitulado O CRIME BARATO, foi rodado em e pasmem, financiado com verba pública. Jovens a partir de 14 anos das, 1 series A, B, C e D, 2 series A, B e C, 3 series A e B, todas do segundo grau, foram mantidas “em cativeiro” sem poder se retirar do recinto ate que fossem exibidas as cenas de sexo explicito” [texto publicado]

Medeiros descreve a cena de sexo citada, como grotesca e engraçada. “Foi mal feita e engraçada ao mesmo tempo. Ela foi gravada por um aluno durante a exibição e ninguém proibiu de gravar, ou sair da sala. Na cena, a travesti estava vestida e o que fez o papel de pastor, estava nu, sendo de um perfil engraçado”, relata.

O professor conta que, após o ocorrido, sofreu incontáveis ameaças e pediu afastamento da SED antes mesmo da decisão ser tomada. “Estou fazendo tratamento psiquiátrico e psicológico, tomando 5 remédios, pois tive de pressão alta. Fiquei com um estigma, o professor pornográfico que passa atividade imoral. A sociedade não sabe como foi a história e foi desandando para um lado tão negativo e falso, colocado na internet para me prejudicar e fiquei marcado”, lamenta.

A reportagem conversou por telefone com o diretor da escola, mas ele preferiu consultar o advogado, antes de se pronunciar. O Jornal Midiamax enviou um e-mail para a SED, solicitando a confirmação e  justificativa da decisão, mas até o momento, não obteve retorno da secretaria.