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Cotidiano

São Bento reabre e funcionários dizem não ter dinheiro nem para ir trabalhar

Depois de reportagem sobre o fechamento da unidade da São Bento no centro da Capital, a farmácia reabriu no fim da manhã desta terça-feira (19). Funcionária havia denunciado que, além de estar com o salário atrasado, ela teria se deparado com a unidade fechada quando chegou para trabalhar. Entretanto, funcionários dizem que a farmácia fechou […]
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Unidade reabriu no fim da manhã desta terça-feira. (Foto: Minamar Junior)
Unidade reabriu no fim da manhã desta terça-feira. (Foto: Minamar Junior)

Depois de reportagem sobre o fechamento da unidade da São Bento no centro da Capital, a reabriu no fim da manhã desta terça-feira (19). Funcionária havia denunciado que, além de estar com o salário atrasado, ela teria se deparado com a unidade fechada quando chegou para trabalhar. Entretanto, funcionários dizem que a farmácia fechou justamente porque alguns deles não tinham como arcar com o transporte até o trabalho, devido à falta de salário.

“As lojas não foram fechadas, são os funcionários que não estão abrindo. Sem salário, eles não têm como arcar com tudo por conta própria”, informou um trabalhador.

A empresa tem enfrentado dificuldades financeiras e até pediu um plano de recuperação judicial para não fechar. Entretanto, um recurso parado no STJ (Superior Tribunal de Justiça) travou a recuperação judicial e algumas unidades da drogaria chegam a ter um prejuízo de R$ 30 mil por mês.

O advogado Carlos Alberto de Almeida Oliveira Filho explica que na última quinta-feira (14), o juiz liberou verba para o pagamento dos funcionários, que começou na segunda (18) e continua nesta terça-feira (19). Quanto ao fechamento das unidades, se alguma farmácia fecha, é porque o prejuízo tem sido maior do que o lucro. “Tem uma farmácia ou outra que dá mais prejuízo do que lucro. Não é justo deixá-las abertas porque vai ‘consumir’ o dinheiro que deveria ser para pagar funcionários e fornecedores”, explica.

Recuperação judicial

O advogado explica que a São Bento está de mãos atadas por conta do recurso de um dos credores, que acabou travando o plano de recuperação judicial. Com isso, a ‘imagem’ de devedora da empresa fez com que os fornecedores só vendam produtos à vista.

Segundo ele, o recurso está parado há mais de um ano no STJ e, se o plano de recuperação não for homologado, a empresa deve ir à . “A São Bento está de mãos amarradas, o plano de recuperação judicial foi aprovado, mas não podemos executar por causa do recurso pendente”, informa.

Em janeiro de 2015, a Rede São Bento entrou com pedido de recuperação judicial por conta de uma dívida de R$ 73 milhões. Na época, a rede tinha 1,2 mil funcionários em 80 lojas. A recuperação judicial é uma medida para evitar a falência quando a empresa perde a capacidade de pagar suas dívidas, usado como forma de reorganizar novas formas de pagamento.

Em julho deste ano, uma reportagem mostrou ex-funcionários da rede que protestaram em frente a uma das unidades. Segundo os trabalhadores, eles foram demitidos e não receberam o pagamento de rescisões de contrato e do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

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