Alguns funcionários da drogaria São Bento do centro de se depararam com a unidade fechada na manhã desta terça-feira (18) quando chegaram para trabalhar. A empresa tem enfrentado dificuldades financeiras e até pediu um plano de recuperação judicial para não fechar. Entretanto, um recurso travou a recuperação judicial e algumas unidades da drogaria chegam a ter um prejuízo de R$ 30 mil por mês.

Uma funcionária da unidade que fica localizada no cruzamento da avenida Afonso Pena com a rua Rui Barbosa conta que foi trabalhar nesta terça (19) e encontrou o local fechado. Segundo ela, unidades da rua Albert Sabin e na Mata do Jacinto também fecharam. Ela ainda afirma que funcionários estão com o salário do mês atrasado.

O advogado Carlos Alberto de Almeida Oliveira Filho explica que na última quinta-feira (14), o juiz liberou verba para o pagamento dos funcionários, que começou na segunda (18) e continua nesta terça-feira (19). Quanto ao fechamento das unidades, ele explica que ainda não foi informado, mas que se alguma fechou, é porque o prejuízo tem sido maior do que o lucro.

“Tem uma farmácia ou outra que dá mais prejuízo do que lucro. Não é justo deixá-las abertas porque vai ‘consumir’ o dinheiro que deveria ser para pagar funcionários e fornecedores”, explica.

O advogado explica que a São Bento está de mãos atadas por conta do recurso de um dos credores, que acabou travando o plano de recuperação judicial. Com isso, a ‘imagem’ de devedora da empresa fez com que os fornecedores só vendam produtos à vista.

Segundo ele, o recurso está parado há mais de um ano no STJ (Superior Tribunal de Justiça) e, se o plano de recuperação não for homologado, a empresa deve ir à . “A São bento está de mãos amarradas, o plano de recuperação judicial foi aprovado, mas não podemos executar por causa do recurso pendente”, informa.

Em janeiro de 2015, a Rede São Bento entrou com pedido de recuperação judicial por conta de uma dívida de R$ 73 milhões. Na época, a rede tinha 1,2 mil funcionários em 80 lojas. A recuperação judicial é uma medida para evitar a falência quando a empresa perde a capacidade de pagar suas dívidas, usado como forma de reorganizar novas formas de pagamento.