é um dos três municípios brasileiros a adotar uma nova estratégia para conter o avanço da e o bairro responsável pelo ‘projeto piloto' será o Moreninhas. A estratégia consiste em infectar os ovos do mosquito Aedes Aegypti com a bactéria Wolbachia e, assim, reduzir a capacidade de transmissão dos vírus da dengue, zika e chikungunya.

Guerra à dengue: infecção de mosquitos começa nas Moreninhas
O secretário José Mauro Filho afirmou que a fará capacitação de agentes em novembro. (Foto: Henrique Arakaki)

O titular da (Secretaria Municipal de Saúde), José Mauro Filho, conta que o primeiro bairro a receber a inciativa será o Moreninhas. Segundo ele, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) já informou que a estratégia começa em novembro, quando haverá a capacitação dos agentes de saúde.

A estratégia de controle da dengue foi anunciada em abril pelo Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. De acordo com o pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, a ideia é infectar os ovos com a bactéria, que está presente já em 60% dos insetos. “Quando os ovos eclodirem, liberamos os mosquitos adultos na natureza, que vão cruzar os mosquitos de campo. A bactéria reduz significativamente o poder de transmissão dos vírus pelos mosquitos”, aponta o pesquisador.

Guerra à dengue: infecção de mosquitos começa nas Moreninhas
Prefeitura anunciou que 4 bairros terá atividades para redução do Aedes Aegypti. (Foto: Henrique Arakaki)

Dia D

A Prefeitura de Campo Grande promoveu evento nesta segunda-feira (5) para conscientização e controle do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da zika, dengue e chikungunya. Neste mês, a Sesau lança uma programação de intensificação das atividades relativas ao combate ao mosquito. A intensificação será feita em quatro bairros: Paradiso, Universitário, São Conrado e Macaúba.

Na última quinta-feira (1), a Sesau anunciou que zerou áreas em risco para infestação do mosquito Aedes aegypti em Campo Grande, de acordo com o LIRaa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti). Em janeiro, das 69 áreas correspondentes às unidades de saúde de cada localidade, 14 estavam em situação de risco, ou seja, índice de infestação superior a 3,9%. Outros 48 estavam no nível de alerta  – de 1 a 3,9% – e apenas seis apresentam índices satisfatórios, ou seja, de no máximo 1%, conforme a primeira estatística do ano.

Já o segundo levantamento, publicado em maio, trouxe 8 áreas em risco, 45 em alerta e 14 com índices satisfatórios. No LiRaa do mês de julho, divulgado nesta semana, a eliminação das áreas consideradas de risco já é numericamente percebida, caindo de oito para 0. As áreas em alerta reduziram para 15. As com índices satisfatórios saltaram para 54.