Médicos culpam falta de vagas por agressões em postos e pedem segurança

Com o aumento da violência contra médicos nas unidades de saúde e hospitais de Mato Grosso do Sul.  A AMMS (Associação Médica de Mato Grosso do Sul) pede providências urgentes para prevenir e combater as agressões físicas e verbais envolvendo os profissionais da área. De acordo com a associação, estudos mostram que as agressões têm […]

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Com o aumento da violência contra médicos nas unidades de saúde e hospitais de Mato Grosso do Sul.  A AMMS (Associação Médica de Mato Grosso do Sul) pede providências urgentes para prevenir e combater as agressões físicas e verbais envolvendo os profissionais da área.

De acordo com a associação, estudos mostram que as agressões têm como motivo principal a falta de estrutura nas unidades de saúde, por isso pedem que não só o município, mas o Estado e a União desenvolvam medidas que assegurem a integridade dos profissionais.

Presidente da AMMS, a neuropediatra doutora Maria José Maldonado, ressalta que a situação é crítica e que muitos médicos estão inseguros para desempenhar suas funções, não só em Campo Grande, mas também no interior do estado, principalmente pelos problemas estruturais que remetem na falta de vagas e demora nos atendimentos.

Segundo ela, os pacientes ficam irritados e acabam descontando o sentimento nos profissionais de saúde. “O Estado precisa garantir a segurança dos médicos e demais profissionais de saúde nas unidades públicas”, afirma.

Um dos médicos, que passou por agressão dentro de uma unidade de saúde, desabafou sobre o ocorrido. “Nós, médicos, não temos culpa de nada disso, pois estamos aqui para prestar atendimento e se a unidade ou o hospital tem poucos médicos, não é culpa nossa”, falou o profissional que preferiu não se identificar.

Maria José ainda informa que com o aumento significativo de relatos de casos de agressões contra médicos em ambientes de trabalho, o CFM (Conselho Federal de Medicina) lançou campanha institucional alertando sobre a importância de registrar boletins de ocorrência para esse tipo de crime, não só para prevenir a continuidade das agressões como também para levantamento de dados e estatísticas sobre o problema.

Agressões

Em março desde ano, a mãe de um paciente quebrou um vidro na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino e um enfermeiro ficou ferido em Campo Grande. De acordo testemunhas, a mulher queria pegar as fichas na triagem, para que o filho fosse atendido. Ela então teria invadido a sala onde estavam os documentos de pacientes.

Em dezembro de 2018, um rapaz de 29 anos, foi preso na noite depois de agredir enfermeiros da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Bairro Tiradentes e desacatar equipe da Polícia Municipal. Testemunhas contaram que o autor estava embriagado e teria se irritado com a demora para ser atendido.

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