Assim como haviam anunciado, as obras do Reviva Centro na Rua 14 de Julho, no Centro de Campo Grande, foram retomadas nesta quarta-feira (2) e Afonso Pena começou a sofrer as primeiras interferências. A reportagem do Jornal Midiamax conversou com motoristas, comerciantes e consumidores, que dividem opiniões sobre os próximos episódios da obra.

Obras são retomadas na 14 de Julho e dividem opiniões de motoristas e comerciantes
Foto: Minamar Júnior/Jornal Midiamax

Com parte funcionando apenas com uma das faixas, o que se vê no cruzamento da Rua 14 de Julho com a principal avenida da Capital é um pequeno sinal de congestionamento, o que já começa a deixar os motoristas atentos.

O motorista de aplicativo, Jarede Silveira, está preocupado em como vai ficar o trânsito durante os próximos dias. “Faz horas que está assim, né? Vai complicar, está complicando e está só atrasando a vida da gente”, disse.

Por outro lado, o militar Wellington Fernandes, está otimista.  “Em relação ao transito, pode ser que prejudique um pouco, porque parece que vai estreitar a via, mas é uma benfeitoria que o pessoal está fazendo aí, creio que vai ajudar muito o comércio”.

Pensando em como o Centro ficará depois das obras, o entregador de panfletos Moisés Nunes, disse que é necessário. “Está melhorando a cidade e com certeza vai ficar mais bonita. O que estão fazendo aqui é para melhorar as ruas e quando terminar para melhorar para todo mundo”, contou a reportagem.

No último dia 20 de dezembro durante coletiva de imprensa na ACICG– (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), a coordenadora do projeto Catiana Sabadin, orientou os motoristas a optar por rotas alternativas, caso queiram evitar qualquer lentidão durante as interferências na Afonso Pena.

Agentes da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) estão no cruzamento ajudando a controlar o fluxo de veículos.

No comércio

O grande impasse que as obras do Reviva tem causado, é o impacto nas vendas. Depois das vendas de fim de ano, quando as obras pararam para o período de festividades, os comerciantes puderam tomar um fôlego, mas a preocupação voltou a bater na porta.

O trecho principal onde ocorre as obras, entre a Afonso Pena e a XV de Novembro, está o comércio que Brenner Diel trabalha. Com a retomada do projeto do Reviva, ele teme que a escassez de clientela volte a bater na porta.

“Acho que vai cair o movimento. Já prejudicou um pouco com a saída de uma linha de ônibus que parava aqui em frente. Agora com as obras nosso medo é cair as vendas, sem contar as sujeitas que aumentam três vezes o serviço enquanto o lucro diminui”, pontuou.

Apesar de temer a queda nas vendas, Cezar Nogueira, comerciante, está otimista com o novo visual do centro.

“Prejudicar com certeza prejudica, mas toda mudança tem um sofrimento. Campo Grande tem uma cidade diferente, somente depois que terminar para saber, como foi no caso da Júlio de Castilho. Ao invés de melhorar, piorou. Então somente depois mesmo para saber se as obras foram boas ao comércio, mas estamos otimistas”, disse.