O encerramento das atividades da fábrica de bolachas Mabel em Três Lagoas, distante a 338 quilômetros de Campo Grande, resultou na demissão de 300 funcionários e agora, entrou no radar do (Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul) que realizou a abertura de procedimentos para averiguar a prática que não teve aviso prévio encaminhado ao sindicato da categoria.

O inquérito civil vai apontar a ausência do aviso prévio e respaldar os trabalhadores em relação as multas rescisórias. A medida foi tomada em reunião com o advogado do STIA (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins), Nilson Cavalcante. “Não houve qualquer tratativa de negociação coletiva por parte da empresa a respeito da extinção dos contratos nem qualquer indício mínimo de abertura de diálogo”, afirmou.

MPT investiga se Mabel demitiu sem aviso prévio para fechar fábrica em MS
Uma nota foi divulgada pela PepsiCo no dia do fechamento da empresa em . (Foto: Divulgação)

No dia do fechamento da fábrica, dia 15 de abril, o presidente do sindicato dos trabalhadores de Três Lagoas, José Célio Primo, disse também que o fechamento pegou todos de surpresa. “Tentamos argumentar para que a empresa não saísse, mas infelizmente não teve jeito”.

Em nota divulgada para explicar o fechamento, a PepsiCo, afirmou que concentraria sua produção de biscoitos em Sorocaba (SP), Aparecida de Goiânia (GO) e Itaporanga D’ajuda (SE), com isso encerrando as atividades em Três Lagoas.

Nesta terça-feira (23), a PepsiCo emitiu uma nota afirmando que está à disposição do MPT-MS para prestar qualquer tipo de esclarecimento sobre o fechamento da empresa. “A PepsiCo esclarece que não recebeu, até este momento, notificação do MPT. Reiteramos que cumprimos todos os trâmites legais referentes ao fechamento da planta de Três Lagoas e estamos oferecendo aos nossos funcionários totais apoio neste momento de transição”, diz trecho da nota.