Três locais da Capital receberam, no último sábado (5), ações de promovidas pela própria comunidade: limpeza de trecho do Rio Anhanduí, pintura dos muros da Escola Estadual Maestro Villa Lobos, e a reforma na praça Roger Assef Buainaim, no bairro Monte Carlo. As ações fazem parte de um projeto nacional, o RenovaBR Cidades, que contemplou 445 cidades brasileiras.

A iniciativa de limpar o rio foi uma ideia de Francisco Demontiê, que viu a sujeira e decidiu convocar os moradores para uma ação de limpeza. Francisco participa do curso Renovar o Brasil e conta que a ideia é fazer a ação de limpeza todos os sábados. Ele diz que não vai desistir enquanto o local não estiver limpo. “Fiquei inconformado com essa e todo esse lixo. Hoje é só um começo, quero levar isso para frente para ver se a população se anima para ajudar”, diz.

A revitalização dos muros da escola foi uma iniciativa da Camila Jara, também aluna do Renova Brasil, que procurou o diretor da escola para falar da ideia e de primeira foi aceita. Para Lourival Ramos, diretor do colégio, a iniciativa veio como uma oportunidade de mudar a visão que os alunos têm do local. “Estamos esperando uma reforma há mais de três anos e nunca aconteceu. Já que os reparos físicos não vieram ainda por parte do Governo, a gente arruma a escola do nosso jeito e proporciona aos estudantes um ambiente mais alegre”, afirma ele.

“Muitos veem o colégio como uma prisão e estamos mudando esse pensamento, queremos que eles se sintam mais acolhidos e enxerguem como uma segunda casa”, ressalta o diretor.

Os moradores do Bairro Monte Carlo também se uniram para dar um ‘Up' na praça do bairro que estava abandonada. A ideia partiu do Thiago de Freitas Santos, morador da região há 36 anos, que aproveitou a mobilização nacional para também atuar onde mora.

De acordo com ele, há mais de 20 anos que a praça está sem revitalização. Em anos passados, o local tinha parquinho para as crianças e até quadra de areia. “Faz muito tempo que tiraram o parque e todo o espaço foi gramado, não havia movimento na praça e estava bem abandonada. Temos um grupo de WhatsApp do bairro onde sempre marcamos de jogar futebol na rua, mas acaba sendo perigoso, então pensei em arrumar a praça não só para o futebol, mas para trazer as famílias de volta ao ambiente”, conta.

“Joguei a ideia de arrumar a praça no grupo e muitos se interessaram. Conseguimos todos os materiais por doação, divulgando nas redes sociais, e no dia cinco de outubro fizemos o que foi proposto. Arrumamos os bancos, as lixeiras, pintamos as árvores e fizemos uma área para atividade com cerca”, explica.

A praça ganhou até uma Geladeira do Conhecimento repleta de livros para a comunidade se esbaldar na leitura.