Com mais de 130 mortes por mês no Hospital Regional, pacientes enfrentam medo e caos

Com aproximadamente 132 mortes de pacientes por mês no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, familiares ficam com medo e atribuem o alto índice aos problemas que a unidade vem passando. Há uma semana no local, um casal de aposentados que veio de Aparecida do Taboado compara a estrutura hospitalar […]

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Com aproximadamente 132 mortes de pacientes por mês no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) em Campo Grande, familiares ficam com medo e atribuem o alto índice aos problemas que a unidade vem passando.

Há uma semana no local, um casal de aposentados que veio de Aparecida do Taboado compara a estrutura hospitalar com a da cidade de Três Lagoas, a 338 quilômetros da Capital. “Nós viemos aqui para ela fazer uma cirurgia cardíaca, essas informações de mortes não chegam para nós lá no interior, mas essa semana que passamos aqui dá para ver os problemas estruturais. Passei 60 dias internado em Três Lagoas, até o atendimento lá é diferente. O hospital é de outro nível”, disse o homem que preferiu não se identificar.

Segundo ele, a esposa precisa voltar daqui há 30 dias, mas com esses números divulgados eles ficam com medo e apreensivos. “É difícil porque a gente tem medo, mas dependemos daqui. Vamos precisar voltar e ficamos pensando nos riscos”, explica.

Há 30 dias acompanhando a irmã na unidade hospitalar, uma aposentada que não quis se identificar, acredita que o número de mortes esteja relacionado com os problemas pelos quais o HRMS vem passando desde o começo de 2019.

“Não tem higiene, tem pombo dentro dos quartos, não tem ar condicionado. Claro que as pessoas vão morrer. Passamos aqui 30 dias com a minha irmã esperando uma cirurgia, agora que ela conseguiu fazer, mas até as roupas hospitalares sujas ficam jogadas no banheiro. Imagina a facilidade de alguém pegar uma infecção ali dentro”, desabafa.

A mulher é usuária antiga da unidade e ainda ousa comparar a situação com quatro anos atrás. “Eu sou de Campo Grande, então a gente usa muito o hospital quando precisa. Há quatro anos vim aqui com a minha filha a situação era outra. Hoje a gente vem de manhã e volta a noite é o mesmo enfermeiro que está ali trabalhando. Está cheio de problemas e a gente fica com medo até de falar e acontecer alguma coisa com os familiares que estão internados”, concluiu.

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