‘Invasão de cobras’ em cidade de MS está relacionada com cheia de rio, diz PMA

Os últimos 15 dias estão sendo agitados para os moradores de Coxim, a 253 quilômetros da Capital. Até esta sexta-feira (15), foram oito serpentes retiradas das residências pela PMA (Policia Militar Ambiental), em razão das cheias no rio. De acordo com o Coronel Queiroz, as serpentes saem a procura de um lugar seguro para fugir […]

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Os últimos 15 dias estão sendo agitados para os moradores de Coxim, a 253 quilômetros da Capital. Até esta sexta-feira (15), foram oito serpentes retiradas das residências pela PMA (Policia Militar Ambiental), em razão das cheias no rio.

De acordo com o Coronel Queiroz, as serpentes saem a procura de um lugar seguro para fugir da cheia. “Vão enchendo as margens do rio, e as serpentes saem em fuga da cheia e no primeiro local que elas se sentem seguras, elas entram e se escondem”, disse.

Ele ainda explicou que na região existem mais jararacas, por ser um grupo de serpentes com maior número de espécies. Por isso são as mais comuns a serem encontradas.

Nesta sexta-feira, após ser acionada pelo morador que avistou o animal na varanda da residência, a PMA resgatou uma surucucu-do-pantanal (Hydrodynastes gigas). De acordo com as informações, a cobra de 2,5 metros de comprimento, não é uma peçonhenta, e foi colocada em uma caixa de contenção para ser solta no seu habitat natural.

Invasão das cobras

Outras sete serpentes foram retiradas na cidade pela PMA. No dia 31 de janeiro, foram duas cobras peçonhentas do gênero Bothrops (jararaca), de espécies diferentes. Ambas estavam embaixo de uma máquina de lavar em uma residência.

Dia 4 de fevereiro foi capturada outra jararaca foi retirada, também em perímetro urbano. No dia 7, foi a vez de uma caninana (Spilotes pullatus) ser capturada. Ela foi retirada do madeiramento no telhado de uma chácara no perímetro urbano.

No último dia 10, foi a quinta serpente capturada. O animal estava em uma árvore próximo à casa do morador que acionou a PMA, esta não era peçonhenta.

O sexto caso, aconteceu na noite do dia 12, dessa vez a serpente, também jararaca, foi retirada de uma sala de aula em uma escola da zona rural.  Na manhã de quinta-feira (14), foi registrado a sétima captura de serpente no município. O animal estaria em frente a uma residência.

Todos os animais foram recuperados sem ferimentos e por isso foram devolvidos ao seu habitat natural. E caso um exemplar seja avistado, recomenda-se chamar a PMA ou o Corpo de Bombeiros.

É importante lembrar que a jararaca é uma espécie comum do cerrado e é comum em áreas rurais, podendo ser encontrada, também, em áreas periurbanas, ou seja, em locais da cidade com bastante vegetação. Elas chegam a medir cerca de 1,2m, em média. Por ser venenosa e ter uma picada violenta, é responsável pela maior parte de acidentes com répteis peçonhentos no Brasil.

Especialista

Para a bióloga e médica veterinária, Paula Helena Santa Rita, além das cheias o aparecimento de pequenos roedores, anfíbios influencia no aparecimento das serpentes, já que a oferta de alimentos fica bem maior.

Ela ainda conta que as espécies mais comuns na região são boca de sapo (Bothrops mattogrossensis) jararaca (Bothrops moojeni) capitão do campo (Xenodon merremi) e a surucucu do pantanal (Mastigodryas bifossatus), além de outras.

“Tem aparecido muita sucuri e a surucucu do pantanal na região também, embora as pessoas tenham medo, a surucucu é uma cobra não peçonhenta”, concluiu.

*Matéria editada às 17h55 para acréscimo de informações.

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