Cogitado pela Prefeitura de Campo Grande, o fechamento para atividades culturais da Rua 14 de Julho, para transformar em uma “Avenida Paulista” campo-grandense, foi oficializado em um projeto de lei que tramita na Câmara Municipal. O chefe do Executivo municipal Marquinhos Trad (PSD) afirmou que deve sancionar a medida, após aprovação na Casa de Leis.
O texto prevê que a 14 de Julho seja interditada, mas caberá ao município especificar dias e como será adotada a medida. De autoria do vereador Willian Maksoud (PMN), o projeto foi chamado de Programa Família na 14 de Julho. Ainda não se sabe se a medida vai abranger todo o fim de semana e feriados, já que comerciantes da região serão ouvidos também quanto à interdição.
Segundo a proposta, a ideia é incentivar prática de atividades culturais, esportivas, educativas e recreativas. “Caberá ao município determinar quais e de que forma as atividades serão realizadas”. A Prefeitura de Campo Grande deve regulamentar a medida em 90 dias, a partir da sanção.
Prestes a ser finalizada, a reforma da 14 de Julho, pelo Reviva Centro, vai resultar em redução do trânsito de veículos para duas faixas e a retirada da circulação de ônibus pela via. O relógio volta para a esquina da rua com a Avenida Afonso Pena e as calçadas serão ampliadas de 3 para 4,2 metros, além das áreas de descanso com bancos.
O vereador descreve esses pontos para argumentar que o “novo conceito” impõe um “modelo social readaptado de lazer”. Segundo o prefeito, assim que a reforma estiver pronta, a interdição já começa a ser adotada. No fim de agosto, o município deu estimativa de término da obra em novembro.
A obra, que estava prevista para acabar em março de 2020, já está com 85% dos serviços concluídos. A parte mais esperada da obra, conforme a Prefeitura Municipal, é a retirada dos fios de energia elétrica e a instalação da rede de gás natural. Essa etapa deve acontecer no final de setembro.
A avenida mais famosa de São Paulo, a Paulista, é conhecida por fechar aos domingos e oferecer atividades culturais aos habitantes, por isso a referência da maior cidade do Brasil. O prefeito explicou, anteriormente, que a ideia é exatamente esta. Contudo, o fechamento de grandes avenidas ocorre em outros centros do País, como lembra o autor do projeto, que cita Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Curitiba (PR). Turismo e comércio local também devem ser estimulados com a mudança em Campo Grande, lembra o parlamentar.
