Até o dia 18 de setembro o Ministério da Saúde realiza uma consulta pública para analisar a possibilidade de incorporação do medicamento omalizumabe, usado no tratamento de asma grave, no SUS (Sistema Único de Saúde). 

De acordo com a pasta, no Brasil, estima-se que a prevalência de asma seja em torno de 10% da população, sendo que os casos de asma grave estão entre 5 a 10% do total dessa prevalência. Em 2008 a asma foi a 3ª causa de internação hospitalar pelo SUS, com cerca de 300 mil hospitalizações ao ano.

Em agosto deste ano, a Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias) no SUS discutiu de forma preliminar buscando evidências sobre a eficácia e segurança do medicamento como terapia adicional ao tratamento padrão para os pacientes com a forma alérgica grave não controlada da doença, mesmo depois de fazer uso do corticoide inalatório associado a um beta-2 agonista de longa duração.

Ainda conforme o Ministério da Saúde, a avaliação não encontrou evidências cientificas suficientes para justificar a incorporação do medicamento na oferta do SUS. Então agora a discussão segue para consulta pública.

O custo da incorporação do medicamento omalizumabe, de acordo com análise de impacto orçamentário, está estimado entre R$ 70 a R$ 78 milhões no primeiro ano e R$ 486 a R$ 529 milhões aos cinco anos. Essa variação nos custos ocorre porque não se sabe exatamente quantas pessoas irão utilizar o medicamento.