Um pequeno atrito entre esquerda e direta aconteceu durante o Desfile Cívico-Militar deste sábado (07). Com gritos de ordem, “Nossa bandeira nunca será vermelha” eleitores de Jair Bolsonaro confrontaram o grupo dos movimentos sociais, na 25º Marcha dos Excluídos.

O grupo que levanta bandeiras de movimentos sociais entraram nas ruas para protestar antes do desfile acabar e tiveram que ser retirados pela PM (Polícia Militar). Segundo os integrantes, eles acharam que o evento principal já tinha encerrado e por isso ‘invadiram' as ruas.

Logo em seguida desse pequeno transtorno, houve uma discussão entre os manifestantes para saber quem iria entrar primeiro no Desfile. De acordo com Jaime Teixeira, presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), o Grito dos Excluídos foi o primeiro a passar. “A confusão que teve faz parte da democracia, eles querem falar, mas também precisam nos ouvir”.

“Somos radicalmente contra o Bolsonaro que está acabando com a previdência de todos os trabalhadores, tem feito uma reforma que tira muitos direitos. Estamos aqui gritando por justiça social, pelos desempregados, por uma política ambiental descente”, diz Jaime.

O Grito dos Excluídos chegou na praça Ary Coelho ao cântico “Fora Bolsonaro” e “Doutor eu não me engano, Bolsonaro é Miliciano”. Os manifestantes adversários da direita carregam o nome “Enterro da Justiça Brasileira”. Manoel Rodrigues faz parte do movimento a favor do atual presidente. “A gente luta contra a corrupção, somos a favor do Bolsonaro e a favor do voto impresso”.

Mesmo diante da situação, os protestos ainda foram mais leves do que no ano passado, que houve confronto entre os participantes, onde policiais militares fizeram um cordão de isolamento em grupos.