Dez dias após incêndio na Cônsul Assaf Trad, fumaça faz até cachorros passarem mal

Moradores do Bairro Morada do Sossego relatam que sofreram após o incêndio que atingiu um depósito de tratamento de resíduos. Há 10 dias do ocorrido, muitos passaram mal devido a fumaça e as cinzas no ar que permaneceram até o final de semana. Marcando 29ºC no início da tarde, o clima no local estava bem […]

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Moradores e até os animais passaram mal com tanta fumaça e fuligem após incêndio (Foto: Leonardo de França
Moradores e até os animais passaram mal com tanta fumaça e fuligem após incêndio (Foto: Leonardo de França

Moradores do Bairro Morada do Sossego relatam que sofreram após o incêndio que atingiu um depósito de tratamento de resíduos. Há 10 dias do ocorrido, muitos passaram mal devido a fumaça e as cinzas no ar que permaneceram até o final de semana.

Marcando 29ºC no início da tarde, o clima no local estava bem seco, mas a fumaça já havia cessado. Em conversa com a moradora Edjane Rosa da Silva, 32 anos, ela conta que a maior dificuldade foi para conseguir respirar. “Esses dias atrás eu acordei às 3h da manhã e não dormi mais porque não conseguia respirar direito, nem o ventilador deu jeito na situação”.

“Os meus filhos também sofreram muito com a situação. A varanda de casa ficou cheia de fuligem e tinha que ficar jogando água pra limpar, só assim pude deixar as crianças saírem para brincar. Lavar roupa também foi muito complicado, quando fui recolher estava cheirando fumaça e tive que lavar de novo. Nisso desperdiça água, sabão e meu tempo”, explica.

Thaís Muchacho, 23 anos, também afirmou que passou por uns dias bem difíceis com a fumaça. Ela tem bronquite e renite e passou muito mal. “Minha respiração ficou muito complicada, além disso a casa não para limpa. Como já tem mais de uma semana assim, quando eu vejo um cinza no céu e o cheiro forte eu já saio na hora e vou para a casa do meu pai que é um pouco mais afastada daqui”,

A dona Carmelinda Martins, de 65 anos, contou que até os cachorros dela passaram mal. “Fiquei com tanta dó dos meus animais que coloquei eles para dentro de casa e tranquei tudo. A queimada foi tão forte que chegou a atingir o mato em frente à minha casa”. De acordo com ela, todos os moradores da redondeza foram atingidos. “Esses dias foram de muito transtorno, o ar ficou pesado, mesmo fechando a casa o cheiro de fumaça entrava. Eu tenho renite e ficou bem atacada, para dormir só com ajuda do umidificador”.

“Falta fiscalização nesses lugares para saber o que andam fazendo ou guardando, ainda mais em local como esse, de tratamento de resíduos, que foi o causador de todo esse transtorno. Tem que verificar”, conclui Carmelinda.

Dados Estatísticos

O chefe de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, major BM Fernando de Almeida Carminati, informou que apenas no início desta semana, entre segunda-feira (19) e terça-feira (20), a corporação atendeu e registrou 18 incêndios em Campo Grande e 38 no interior. Só no mês de agosto, foram 468 focos na Capital e 918 no restante do Estado.

As denúncias sobre casos de incêndios em áreas urbanas podem ser feitas diretamente à Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista) pelo telefone 3325-2567 com plantão de 24 horas para atender o cidadão. Outro telefone é o 156 da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana), que notifica proprietários de terrenos sobre a prática irregular. Os bombeiros militares também devem ser acionados pelo 193 para combater as chamas.

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