Dengue: Sesau identifica 350 imóveis fechados e inicia vistorias; saiba como denunciar
A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) identificou 350 imóveis particulares fechados no perímetro central de Campo Grande, que serão alvo de vistorias de agentes de saúde para combate à dengue. As visitas tiveram início logo após o Carnaval. De acordo com a pasta, o acesso dos agentes de saúde será possível com o auxílio de […]
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A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) identificou 350 imóveis particulares fechados no perímetro central de Campo Grande, que serão alvo de vistorias de agentes de saúde para combate à dengue. As visitas tiveram início logo após o Carnaval.
De acordo com a pasta, o acesso dos agentes de saúde será possível com o auxílio de um chaveiro, que abrirá as residências e permitirá a vistoria para eliminação de eventuais focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti.
O trabalho considera parceria com a Semadur (Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Gestão Urbana) que, após a visita dos agentes, notificará os proprietários ou responsáveis para que façam a limpeza preventiva. Em caso de descumprimento, multas poderão ser arbitradas.
A programação de visitas a imóveis fechados será focada, inicialmente, na região central, onde a densidade populacional é maior, mas deverá avançará para as demais localidades. A estimativa da Sesau é que existam cerca de 5 mil imóveis fechados na Capital.
Como denunciar
Para denunciar residências e terrenos baldios com possíveis criadouros de mosquito da dengue, o cidadão deve buscar a Ouvidoria SUS, pelo telefone 3314-9955, cujo atendimento é feito de segunda à sexta-feira, das 7h às 22h – exceto feriados.
Também é possível fazer a reclamação pessoalmente na Sesau, localizada na rua Bahia, nº 280, das 7h às 17h, de segunda a sexta-feira – exceto feriados. Outra forma para denúncias é o Fala Campo Grande pelo 156 ou pelo aplicativo disponível para smartphones.
Após ser registrada, a denúncia é encaminhada para vistorias, quando é expedido pedido para que o proprietário da residência faça a limpeza do local, com um prazo de 15 dias úteis.
Se o prazo acabar e for constatado que o dono da casa não cumpriu com a responsabilidade, ele é notificado e pode ser multado – a penalidade varia de R$ 100 a R$ 15 mil, de acordo com o Código Sanitário Municipal.
“Esse valor depende se o infrator é primário, se é reincidente e se a gravidade da infração para a gradação do valor da multa”, explica a Secretaria.
Caso os criadouros do mosquito da dengue estejam em um terreno baldio, a denúncia pode ser feita pelos mesmos canais de comunicação, mas é a Semadur que fará a fiscalização e autuação dos locais. No caso de terrenos, a multa pode chegar a R$ 9 mil.
Epidemia
Atualmente, Campo Grande vive uma epidemia de dengue, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, o que ocorre quando o município alcança a marca de 300 casos para cada 100 mil pessoas. Na Capital, já somam-se 7.530 notificações em janeiro e fevereiro, dos quais quase mil já foram confirmados, com um óbito em janeiro. Em função disto, a Prefeitura decretou situação de emergência na última sexta-feira (8).
“Queremos agilizar o atendimento para a população porque já estamos prevendo um aumento de demanda muito grande”, declarou Marquinhos, em coletiva de imprensa realizada no último dia 25 de fevereiro.
A última epidemia registrada em Campo Grande foi em 2016, quando somente em janeiro e fevereiro houve 19.300 casos da doença. Naquele ano, foram contabilizados 32.964 casos. Conforme a administração municipal, o vírus que está em circulação é do tipo 2 e já provocou vários casos de dengue hemorrágica nos anos de 2009 e 2010.
Por apresentar evolução rápida, com quadro de piora de três a cinco dias, exige que as pessoas procurem atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Os maiores riscos são para idosos e crianças menores de 10 anos.
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