Retomado em março deste ano, o concurso da Polícia Civil ainda causa transtornos aos candidatos aprovados aos cargos de escrivão e investigador. Um grupo deles se reuniu na tarde desta sexta-feira (17) em frente ao prédio do MPF-MS (Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, pedindo a anulação e a reaplicação da prova de digitação, realizada em setembro de 2018.
Essa foi a sétima fase do concurso e segundo os candidatos no primeiro dia da etapa houve vazamento da prova, deixando os candidatos em posição desigual. “Uma candidata saiu com o texto em mãos e divulgou o conteúdo em grupos de whatsapp. Esse vazamento desestabilizou muita gente”, disse o candidato Thiago Becker, 34 anos.
“O mais grave é o fato desse vazamento ter ocorrido de dentro da academia de polícia. Alguns equipamentos como teclados e computadores também estavam com defeito e eram de marcas diferentes”, destacou Thiago Becker, 34 anos.
Para a candidata Jéssica Cavalcante, 24 anos, o concurso que começou em 2017 mexeu com o sonho de muita gente e esse problema na etapa sete deixou os candidatos sem esperança. “Vários candidatos estão sofrendo. Cada um com um sonho. Estamos brigando por justiça”, relatou.
De acordo com a advogada da Ação Popular Natalie Fraulob Pissini, os candidatos esperam que o juízo em segunda instância nem receba o recurso pela ausência de legitimidade.
“Caso entenda pela análise e futuro julgamento o arcabouço de provas juntadas aos autos são suficientes para a confirmação da nulidade da prova nos termos dos pedidos da Ação popular e da Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul”, disse
“Esse impasse deve terminar nos próximos meses. Uma posição do desembargador relator Nélio Stabile, quanto ao recebimento do recurso interposto por candidatos aptos na prova de digitação poderá colocar um ponto final na discussão. Caso aceite o recurso o mesmo será encaminhado para julgamento”, concluiu.